16 dias de ativismo pelo fim da violência contra as Mulheres
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FETRAECE faz um convite a todos os Coletivos de Mulheres Trabalhadoras Rurais dos 184 Sindicatos de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais do Ceará para participar dos 16 dias de ativismo pelo fim da violência contra as mulheres.
É importante realizar debates, seminários, campanha, rodas de conversas com as mulheres, homens, jovens, com a sociedade em geral para sensibilizar que a Violência contra a Mulher não é natural. A violência é um problema social que está inserido no seio das famílias e o Estado brasileiro precisa cada dia mais assumir seu papel no enfrentamento a este tipo de violência, como já está garantido na Constituição Federal, em seu art. 226, parágrafo 8º e como reafirma o Pacto Nacional de Enfrentamento à violência contra a Mulher.
A Violência doméstica e sexual praticada contra as mulheres constitui uma das principais formas de violação de seus direitos humanos, atingindo-as em seus direitos à vida, à saúde e à integridades física e emocional e atinge Mulheres de diferentes classes sociais, origens, idades, regiões, estados civis, escolaridade, raça e orientação sexual.
A violência se manifesta de várias formas, na forma física, psicológica, sexual, patrimonial, moral e institucional e a cultura patriarcal e machista reproduz este fenômeno a cada dia. Por esta razão precisamos nos unir e romper com esta cultura que só causa mal as mulheres e reconstruir com uma cultura de paz, de relações de poder com mais igualdade, onde as mulheres possam ser donas de suas vidas com mais espaço político, social e familiar.
Então companheiras MULHERES vamos sempre dar as mãos e unir forças nessa aliança pela vida, pelo bem estar de todas as Mulheres. É também um momento de reforçar a importância da Lei Maria da Penha e a garantia de sua aplicabilidade. E convidamos também todas as pessoas que acreditam numa sociedade mais justa e igualitária, sem violência para nos unir nesta aliança.
Um pouco da história
Em 1991, com o objetivo de promover debates e denunciar as várias formas de violência contra as mulheres, foi lançada a campanha dos 16 dias de ativismo, para lutar contra toda forma de preconceito, opressão e discriminação sofridos pela mulher.
As participantes do Centro de Liderança Global de Mulheres, ao todo 23, escolheram um período de significativas datas históricas e marcos de lutas, iniciando a abertura da campanha em 25 de novembro e com término em 10 de dezembro.
No Brasil a campanha é iniciada em 20 de novembro, Dia Nacional da consciência negra, a importância da inclusão desta data não se resume somente na história da cultura negra no Brasil, mas na tripla discriminação sofrida pela mulher negra, que se baseia numa opressão de gênero, raça e classe social.
Seguindo a cronologia histórica, o dia 25 de novembro, Dia Internacional da Não Violência contra as Mulheres, é marcado pelo assassinato brutal das irmãs Minerva, Pátria e Maria Tereza, pela bravura de “Las Mariposas”, como eram conhecidas, uma vez que utilizavam este nome secreto nas atividades clandestinas, na tentativa da busca pela liberdade política do país, em oposição a Rafael Leônidas Trujillo, ditador que governou com mãos de ferro a República Dominicana, entre o período de1930 a 1961, o qual matava todos os seus opositores.
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