A
Reforma Agrária é uma política atual e essencial para o desenvolvimento
sustentável e solidário do Brasil
A CONFEDERAÇÃO NACIONAL DOS TRABALHADORES NA
AGRICULTURA – CONTAG repudia as recentes manifestações da presidente da CNA e
senadora Kátia Abreu, que afirma que “a reforma agrária não é uma padaria que
produz pão sem parar” e que “um dia tem que acabar”, numa tentativa de
demonstrar que o processo de distribuição de terras estaria superado no Brasil.
A
CONTAG reafirma a importância e a urgência da realização da Reforma Agrária,
como medida essencial para promover o desenvolvimento rural sustentável e
solidário e romper com as desigualdades no campo. A escandalosa concentração da
terra, que produz a fome e a miséria no campo, e os altos graus de exploração
do trabalho e da natureza produzidos pelo modelo do agronegócio exigem uma
forte intervenção do Estado para democratizar a propriedade e garantir o
cumprimento da função socioambiental da terra.
Os
reais interesses da senadora, que representa o pensamento do conservador setor
ruralista brasileiro, é o de continuar se valendo do poder sobre o governo e o
Estado para manter a grilagem de terras públicas e o domínio sobre o território
e a vida das pessoas no campo, utilizando-se do falso argumento de que é o
agronegócio que produz o desenvolvimento rural.
Na
verdade, são as unidades produtivas da reforma agrária e da agricultura
familiar que, com sua multifuncionalidade, extensões e formas de organização da
produção e de trabalho, que respondem pela soberania e a segurança alimentar,
soberania territorial, produção com preservação da biodiversidade e pela
reprodução da dinâmica da vida no campo.
Estes
objetivos respondem pelas demandas atuais da humanidade de produção de
alimentos saudáveis com conservação ambiental, garantia de trabalho digno e
qualidade de vida no campo e nas cidades, justificando plenamente a atualidade
da reforma agrária que democratize o direito à terra e garanta políticas e
serviços públicos que assegurem o pleno desenvolvimento dos projetos de
assentamento e da agricultura familiar.
FONTE: Direotoria da CONTAG
Diretoria da CONTAG -
Diretoria da CONTAG -
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