Fenômeno La Niña pode trazer chuva para o Nordeste
Ainda é muito cedo para fazer uma previsão mais segura de como será o inverno na região Nordeste em 2013. Porém, no que depender do quadro atual das interferências atmosféricas, poderemos ter boas chuvas na região no próximo ano.
A esperança vem da interferência do Oceano Pacífico, que no momento está de neutro para a formação do fenômeno La Niña. O La Niña representa chuvas no Nordeste, ao contrário do El Niño, que é sinônimo de seca.
O meteorologista da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (EMPARN), Gilmar Bristot, confirma que o Pacífico está se apresentando de neutro a La Niña. Porém, ele atenta que muitos outros fatores interferem para a formação de chuvas no Nordeste. “Esses fatores podem provocar, por exemplo, uma seca repentina e inesperada como a desse ano por conta da mudança na circulação dos ventos”, alerta.
Bristot informa que está acompanhando se a atual normalidade da atmosfera se torna um quadro definitivo, o que também seria bom para a região. “Precisamos de um, dois meses para avaliar se esse quadro é permanente”, explica.
O meteorologista informa que já foram registradas chuvas no estado da Bahia e adianta que a próxima frente fria deve fazer chover também no Rio Grande do Norte nas próximas semanas.
Por outro lado, Bristot demonstra preocupação com a atual temperatura do Atlântico Sul, que está em torno de 22 graus. “A última vez que esse nível de temperatura foi registrado foi em 1992, sendo que 1993 foi um ano de seca”, justifica, acrescentando que a situação do Atlântico Sul tem grande participação nas chuvas que caem no Nordeste.
Todos os cenários observados não são definitivos e não permitem ainda uma previsão meteorológica. “A meteorologia mundial não tem condições de fazer previsão para pós-janeiro no período atual”, explica Bristot.
*MAGNOS ALVES/Jornal de Fato
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