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quinta-feira, novembro 15, 2012


OS ESQUIZOFRÊNICOS

Isaac Duarte de Barros Junior *
Quando discordamos do comportamento de algumas pessoas em sociedade, dificilmente conseguimos ter com elas civilizados relacionamentos de amizade. Classifico-as de inimizades cordiais, pois são pessoas predispostos a fingir simpática ternura, num simples aperto das mãos. Invejosas, não aplaudem o sucesso do próximo, embora sejam incapazes de ocupar posições destacadas. Demonstrando indiferenças pessoais, que na verdade estão longe de sentir, palpitam erradas quando consultadas pelos formadores de opiniões. Mesmo revelando-se inconvenientes, nunca admitem cometer equívocos, por ser algo impensável conceitualmente, quase impossível de acontecer. Entendem, ser humilhante demais, essa atitude modesta. Porém, estando certas num ocasional assunto debatido, suas vaidades dificilmente são dissimuladas nos seus semblantes cheios de empáfia. Afinal, se corretas a respeito de algo ocasional, exploram esse fato, levando a exaustão o mais paciente interlocutor.
Sem méritos que causem a admiração das pessoas dos seus relacionamentos, conforme crescem as indiferenças como são tratadas profissionalmente, fazem dessa apatia normal as infundadas razões de revolta, para criticarem os humanos sensatos. Desajustadas psiquicamente, tornam na medida em que envelhecem, susceptíveis a cometerem atos imprevisíveis, diagnosticados pelos especialistas como esquizofrenia. Não raramente querendo ser notados, esses psicóticos embora tenham grau de escolaridade em nível superior, repetidamente passam a cometer deslizes incomuns, tratados pelos observadores leigos como momentos de loucura.
Justamente é devido a essa bipolaridade incompreendida, que alteram completamente as condutas enfermas. Porque mesmo desenvolvendo atividades importantes no meio social que vivem, são pessoas de atitudes preocupantes. Esses esquizofrênicos, às vezes, acham-se perseguidos ou correndo risco de vida, terminando por colocar a dos outros em perigo. Sendo homens limitados e mulheres dependentes de elogios renovados nas noitadas etílicas, embriagando-se acreditam nas sandices desejadas em desfavor de alguém. Misturando-as entre comentários ébrios e conversas difamantes, fermentam-nas com outras centenas de tolices aventadas. Conspirando alegremente, sentados nas cadeiras de botequim, transformam utópicas verdades em diálogos descompensados. Sóbrios, chamam a todos os concorrentes ajustados de loucos.
Com suas massas cinzentas cozidas em bebidas alcoólicas misturadas nos medicamentos controlados consumidos, os boateiros crêem na perenidade dos seus boatos espalhados maldosamente. Assim, o mal da esquizofrenia vai se inscrevendo na relação dos males psicológicos do novo século, referendada pelas inverdades esparramadas pelos portadores. Enlouquecidos, avaliando suas longas estradas percorridas, sem realizações dignas de serem lembradas, inconformados com essas vulgares biografias, estupidamente atacam as fortunas sólidas. Bens materiais, que jamais possuirão nesta vida. Em decorrência disso, culpam as castas sociais pelas suas desditas.
Entretanto, se houvesse uma universidade científica, lecionando antídotos para condutas inúteis, embora inscritos como candidatos, os esquizofrênicos nunca passariam no vestibular. Sendo anônimos barulhentos, mutantes, tornam-se genéticos covers (imitadores) de segunda categoria, copiando os ídolos autênticos. Plagiando-os, acreditam no sucesso que jamais irão ter, justamente pela ausência da originalidade. Sem identidade, copiam tudo aquilo que é realce nos outros, mas sabem perfeitamente que serão apenas figurantes sem registros. Afinal, seus comezinhos fracassos na existência, aparecem em palavras, gestos e atitudes xerocopiadas de pessoas, das quais fazem comentários desabonadores usando os ombros confidentes dos aliados na canalhice.
Entende-los nessas sandices, perdoá-los nas cretinices ou condená-los pelas amoralidades, é reserva arbitral da vontade de quem os julgar. Imaginar-se mudanças nesses seres aqui referidos, dependendo das idades que adicionarem esses esquizofrênicos, seria uma esperança inócua. Dessas figuras conhecidas, nada esperemos de inédito, exceto nos estudos do campo desconhecido da psicose, onde pesquisarão suas alucinações megalomaníacas sempre presentes. Para eles esquizofrênicos, os recomeços não possuem dia, hora, mês e ano, uma vez que adoram recomeçar. Todavia, envergonham-se das origens humildes, escondendo seus passados sem brilho nas recordações da infância. Assim, sem perspectivas de mudarem o caráter, decidiram apenas passar pela vida...
advogado criminalista, jornalista.

e-mail:isane_isane@hotmail.com

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