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segunda-feira, novembro 26, 2012

Textos da Internet


Em um primeiro momento, chega a ser de se estranhar como as empresas de mídia convencionais têm dificuldades de assimilar determinadas iniciativas de comunicação digital. Parece que há dois fatores aí que pesam mais ou menos, dependendo da empresa ou do setor dentro da empresa.
Primeiro, existe uma barreira que se coloca na conta do departamento financeiro, literalmente. Afinal, é complicado convencer um executivo de que ele precisa investir dinheiro, tempo e pessoal em um projeto que terá retorno aparentemente intangível. Por isso, surgem menos iniciativa do que se espera de empresas de mídia. Ou, mais grave, surgem de uma forma atabolhoada. Algumas vezes, com o claro desejo de marcar território e não de efetivamente fazer uso de conceitos e ferramentas de internet. Hoje, o maior exemplo desse “comportamento de modinha” é o Twitter. Basta ver a quantidade de perfis que contam apenas com uma atualização noticiosa e factual do que é realizado. Não sou radical a ponto de achar que isso não pode existir, mas o ganho seria muito maior se houvesse de fato uma interação. Um “lucro” que vai além do dinheiro: existe uma vantagem do uso de imagem, do aumento de seguidores, da indentificação da marca, que é mais difícil justificar. Mas falo mais especificamente sobre Twitter no próximo post.
segundo problema é a falta de qualificação dos profissionais de jornalismo no universo web. Eu conheço pouquíssimos  jornalistas que sejam feras nos conceitos de internet e repórteres. E isso me parece ridículo. Muitos dos que resolveram se dedicar a construir uma visão web mudaram ou pretendem mudar para um lado mais produto do jornalismo. Os dois aspectos estão relacionados: o primeiro é resultado de uma formação torta ainda nas universidades. Existe muito pouca reflexão sobre os impactos da web no dia  a dia das redações. Por isso, continuam chegando aos jornais, TVs e rádios jovens doidos para trabalhar no (hoje) carro-chefe da empresa em vez de olharem para a internet com a devida atenção. Logo, aqueles poucos que de alguma forma criaram identificação com o produto web, sentem-se ilhados em um ambiente em que a maioria não encara o desafio online como deveria.
Enfim… o que tento dizer aqui é que o planejamento web não pode ser apenas relacionado com a área de produto. Existem ações do dia a dia, ligadas a usabilidadeSEO e web analytics que podem e devem fazer parte do dia a dia de editores e repórteres, aqueles que põem a mão na massa do material jornalístico. Mas aí, voltamos para aquela história… vai provar que isso dá um baita resultado…

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