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quarta-feira, fevereiro 06, 2013

A família agricultora no centro e autoria do Ano Internacional da Agricultura Familiar





O Comitê Consultivo Mundial do Ano Internacional da Agricultura Familiar (AIAF) apresentou à FAO e ao FIDA suas propostas e plano de ação para o ano de 2013, depois de uma sessão em que o representantes das organizações federativas e sindicais de agricultores e agricultoras familiares e camponesas(as) dos cinco continentes, junto a organizações não governamentais e internacionais de apoio ao desenvolvimento rural, estiveram reunidos em Roma-Itália (29 e 30 de janeiro do 2013) celebrando uma reunião de planejamento de suas atuações a nível internacional, sobre a base dos avanços e resultados de articulação atingidos nos países de cada região.

O conjunto destes representantes da agricultura familiar manifestaram seu entusiasmo pela realização do AIAF, vendo-o como uma oportunidade para compartilhar com as diversas populações do mundo as suas variadas atividades levadas a cabo na produção de alimentos na terra, nos bosques e nas águas com responsabilidade e garantia de que sejam alimentos saudáveis e nutritivos e que cheguem à mesa das diferentes famílias. Assinalaram que esta será uma oportunidade para compartilhar saberes e conhecimentos como produtores familiares e camponeses com os diferentes consumidores e atores das cidades. 

Na perspectiva de efetivar o compartilhamento, articular os espaços campo – cidade e, de alguma maneira, incidir na opinião dos diferentes tomadores de decisão dos níveis nacional, continental e mundial, definiram linhas estratégicas para contar com dados e informação da realidade em que se desenvolve a agricultura familiar nos diferentes países, dar uso a esta informação confiável, tanto nos espaços de formação, na difusão da informação à imprensa, nos momentos da negociação quanto na incidência com as diferentes autoridades. 

Uma segunda linha estratégica é a do lobby, a negociação e incidência para desenvolver diálogos, conversas, negociações e proposições às diferentes autoridades dos países e representantes governamentais e internacionais nos programas de integração regionais, continentais e internacionais das Nações Unidas, reuniões do Banco Mundial e outros. Finalmente, contar com várias maneiras de comunicar-se internamente, dialogar e compartilhar com a sociedade sobre toda esta realidade e seus avanços e alcances por meio dos diferentes meios de comunicação. Em síntese, a investigação, o lobby, a incidência e a comunicação constituem-se em um sistema que fará funcionar várias das atividades previstas para o AIAF, através dos Comitês Nacionais constituídos em cada país. 

Desta maneira, cumpriu-se a meta desta sessão do Comitê Consultivo que foi criar as orientações globais para o AIAF e definir os papéis dos diferentes atores comprometidos com o Ano Internacional da Agricultura Familiar. Ficou claro que a base da continuidade está nos países e em cada organização federativa, sindical e instituições locais e nacionais de apoio e compromisso com a agricultura familiar.
FONTE: Assessoria da Secretaria de Relações Internacionais

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