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domingo, fevereiro 24, 2013

FONTE JORNAL O MOSSOROENSE


Henrique na interlocução

Laíre Rosado
Quem acompanha de perto a posição do PMDB potiguar fica sem entender o passe de bola que acontece entre o ministro Garibaldi e o deputado Henrique Alves. Quando é mais difícil para um deles assumir a responsabilidade pela posição a assumir, a justificativa é que se faz necessário saber a opinião do outro. A governadora Rosalba Ciarlini, desde que assumiu, deu toda e qualquer atenção ao ministro, deixando o deputado sempre em segundo plano. Com a insatisfação de Garibaldi e do filho Walter Alves com o governo, Henrique ficou com a decisão em relação aos assuntos relacionados ao governo. No início do mês, Carlos Augusto procurou conversar com Garibaldi que respondeu que o diálogo teria que ser com Henrique, quando ele retornasse de viagem ao exterior, após depois de eleito presidente da Câmara dos Deputados.
Nesse ínterim, a Consult aplicou nova pesquisa sobre sucessão governamental no Rio Grande do Norte. Os números revelados foram o bastante para deixar alarmados os ocupantes do Palácio Potengi, ou melhor dizendo, da Governadoria. Num confronto direto entre o vice-governador Robinson Faria e a governadora Rosalba Ciarlini, o primeiro obteve 35,76% das intenções de voto, contra 18,18% da segunda. A governadora conta com a mídia oficial, mas é criticada pela falta de recursos para a saúde pública. E é mais grave ainda tentar assumir obras do governo federal como sendo da sua administração. Em sua mensagem anual à Assembleia Legislativa chegou ao ponto de afirmar que, mesmo pertencendo ao DEM, partido de oposição ao governo Dilma Rousseff, havia conseguido o Aeroporto de São Gonçalo.
O deputado Henrique Alves retornou de sua viagem, mas suas primeiras declarações políticas não foram tranquilizadoras para a governadora. Pelo contrário, ele estendeu a crise a todos os partidos que "ainda" apoiam o governo. O presidente da Câmara defendeu um diálogo amplo entre a governadora Rosalba e toda sua base aliada, pois o problema não está limitado apenas ao peemedebismo. Henrique defende uma recomposição de todo governo, numa discussão conjunta de projetos e ideias, a médio e longo prazos. No momento, inexiste um grupo político competente e verdadeiro capaz de dialogar com a classe política. Antes de viajar, em entrevista à Tribuna do Norte, Henrique foi mais explícito, afirmando não haver comunicação por parte do governo nem um interlocutor confiável. Lembrou que o Conselho Político, que poderia ter ajudado, terminou naufragando, por conta do desinteresse do próprio governo.
Rosalba e Carlos Augusto tentaram, mais uma vez, entendimento com Garibaldi, mas a resposta foi a mesma: procurem Henrique. Em política tudo é possível, todos sabem disso. Pelo quadro apresentado é possível afirmar que o PMDB está rompido com o governo do DEM. Mas, outros têm leitura diferente. O que o partido quer é mais espaço na administração. Pelo sim, pelo não, é bom observar qual será o comportamento de outras lideranças no caso de um rompimento entre PMDB e governo do Estado. Saber como se comportará o deputado federal João Maia e o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Ricardo Mota. Bem que o casal Rosalba e Carlos pensou ser mais fácil administrar o Estado. Entretanto, tudo é dificuldade.

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