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quarta-feira, março 20, 2013

20/03/2013| NORDESTE

Ato procura chamar a atenção do governo para a situação de seca no Nordeste 
FOTO: Ronaldo Patrício



Com a seca prejudicando milhares de famílias na região semiárida do Brasil, a população se mobiliza em busca de atenção do governo. A CONTAG, as Federações dos nove estados do Nordeste, Sindicatos de Trabalhadores Rurais da região, movimentos sociais, organizações da sociedade civil, bispos da Igreja Católica e famílias agricultoras se reuniram hoje (20), em Recife – PE, para um ato de entrega de um documento denominado “Diretrizes para a Convivência com o Semiárido – Uma contribuição da sociedade civil para a construção de políticas públicas” para autoridades governamentais e do Poder Legislativo nos níveis municipais, estadual e federal.

O documento apresenta 88 diretrizes voltadas para ações preparatórias para as épocas de seca e desenvolvimento do campo. Essas diretrizes foram pensadas por aqueles que convivem ou estão ligados diretamente às situações geradas pela falta de água. Ele é também uma convocação para que os setores da sociedade e do governo não pensem na região semiárida apenas em tempos de seca.  

Para Alberto Broch, presidente da CONTAG, que compareceu ao ato, o assunto deve ser discutido e receber muita atenção do governo. “A seca deve ser tratada com muita seriedade, pois ela dá sinais de continuidade, podendo se estender por muito tempo, agravando a vida de quem vive no semiárido. Isso exigirá do governo medidas fortes de apoio às famílias. As propostas lançadas aqui hoje vão se desdobrar em outras ações de negociação que a CONTAG fará, a exemplo do Grito da Terra Brasil.”

 O secretário de Finanças e Administração da CONTAG, Aristides Santos, também esteve presente, representando a Confederação, e apoia a iniciativa. “Há uma previsão de que as dificuldades dos sertanejos continuarão. Por conta disso, a CONTAG, Federações e outros movimentos sindicais parceiros apresentam um conjunto de diretrizes para a tomada de providências, em prol de melhorias para amenizar os impactos. 
São medidas emergenciais e estruturantes, que vão desde manutenção dos programas sociais a uma maior intervenção para construção de poços, açudes, barragens, e avanços de obras para chegar água”, explica.

Assinam o documento: Arquidiocese de Olinda e Recife, CONTAG, Federações dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura dos nove estados do Nordeste, Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais, CUT/PE, ASA Brasil, Cáritas NE2, Centro Sabiá, Instituto Cidadania do Nordeste, CPT e MST. O deputado Manoel Santos, de Pernambuco, apoia a iniciativa.
 FONTE: Imprensa CONTAG - Gabriella Avila


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