30/03/2013 16h49 - Atualizado em 30/03/2013 16h49
Sonda é retirada e menino que engoliu pilha em MS pede
chocolate
Por enquanto, Isael, 4 anos, poderá comer alimentos
pastosos.
Pilha vazou e líquido causou lesões e necrose em parte do
esôfago.
O menino Isael Arcângelo da Silva Salomão, 4 anos, internado no Hospital Regional deCampo Grande, teve a sonda usada para alimentação retirada neste sábado (30). O garoto havia engolido uma pilha de controle remoto há duas semanas e o líquido dentro do objeto vazou, causando lesões e necrose em parte do esôfago do garoto.
Segundo o pai do garoto, Isael Rodrigues Salomão, o menino se alimentou com caldo hoje e a orientação é que a dieta dele seja de alimentos pastosos. “Ele até pediu chocolate da Páscoa, mas, por enquanto, não dá”, disse. A previsão do pediatra Alberto Cubel Júnior, em entrevista dada ao G1 é que o garoto receba alta médica na segunda-feira (1°). O médico explicou que Isael terá acompanhamento regular para avaliar a gravidade dos danos, mas o garoto recupera-se bem.
Acidente
Isael engoliu uma pilha redonda, semelhante a uma moeda, enquanto brincava com o irmão caçula em Pedro Gomes, distante 296 km de Campo Grande. O incidente aconteceu no último sábado (16).
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Salomão disse que o incidente aconteceu durante um momento de desatenção. “Deixei os dois lá no quarto e, depois de uns 10 minutos, os dois vieram correndo para cozinha, o Isael chorando e falando o que tinha acontecido, que tinha engolido a pilha”, contou.
No mesmo dia, o menino foi levado ao Hospital Municipal de Pedro Gomes, onde foi atendido pelo plantonista Lissandro Vargas.
Radiografia mostra pilha
(Foto: Gabriela Pavão/ G1 MS)
Segundo Salomão, o médico não solicitou exames e nem radiografia, apenas receitou um antiácido e um remédio para dor e liberou a criança.
Dois dias depois, Isael foi levado ao mesmo hospital com dores e com vômitos frequentes. Outro médico plantonista solicitou a radiografia e constatou que a pilha ainda estava no organismo do menino. Ele foi transferido para o Hospital Regional de Campo Grande, onde permanece internado.
Processo administrativo
Vargas disse que, no dia do primeiro atendimento, o pai do menino não tinha certeza de que o filho realmente havia engolido a pilha. Sobre a necessidade da radiografia, o médico afirmou que o procedimento seria necessário apenas se a criança apresentasse sintomas por conta da ingestão do objeto. O médico afirmou ainda que todos os procedimentos foram registrados no prontuário do paciente no hospital.
O Hospital Municipal de Pedro Gomes informou que vai abrir um processo administrativo para apurar a conduta do médico Lissandro Vargas e verificar se houve falha no atendimento.
Segundo informações do Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso do Sul (CRM-MS), os pais de Isael não registraram denúncia contra o médico e nem contra o hospital de Pedro Gomes.
Endoscopia mostra necrose (mancha preta) no esôfago de criança (Foto: Gabriela Pavão/G1 MS)
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