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sexta-feira, abril 12, 2013

Como funciona uma estação de tratamento de esgoto?


Uma ETE tem um funcionamento muito legal. Ao chegar à Estação, o esgoto passa por um tratamento preliminar, em que os materiais grosseiros, areias e gorduras são retirados. A partir daí, é conduzido a tanques de aeração onde as próprias bactérias presentes no esgoto digerem o material orgânico. Em seguida, o esgoto passa por tanques de decantação, onde a parte sólida, mais pesada, separa-se da parte líquida, sendo então desidratada e podendo ser aproveitada como adubo. A parte líquida ao final deste processo transforma-se em água limpa e própria para a vida aquática, estando em condições de ser lançada no rio ou no mar

Fonte(s):

internet
Depende do tipo de tratamento feito pela Estação de Tratamento de Esgotos (ETE)...

Processos de Tratamento

Consiste em separar a parte líquida da parte sólida do esgoto e tratar cada uma delas separadamente, reduzindo ao máximo a carga poluidora, de forma que elas possam ser dispostas adequadamente, sem prejuízo ao meio ambiente.

Imitando a natureza: as Estações de Tratamento de Esgoto reproduzem, num menor espaço e tempo, a capacidade que os cursos d’água têm naturalmente de decompor a matéria orgânica.

Agentes de tratamento: são as bactérias aeróbias ou anaeróbias que se reproduzem em grande quantidade, degradando a matéria orgânica presente nos esgotos, quando encontram condições favoráveis.

Condições para o tratamento: os níveis e a maneira de se tratar os esgotos dependem:

· Da carga orgânica presente
· Da classificação das águas do rio que receberá o efluente tratado
· Da capacidade de autodepuração do rio que receberá o efluente tratado
· Da disponibilidade de área e energia elétrica

N í v e i s d e t r a t a m e n t o

Tratamento Preliminar: São retirados do esgoto os sólidos grosseiros, como lixo e areia.

Processo: Utiliza processos físicos, como gradeamento, peneiramento e a sedimentação.

Tratamento Primário: Reduz parte da matéria orgânica presente nos esgotos removendo os sólidos em suspensão sedimentáveis e sólidos flutuantes.

Processo: O esgoto ainda contém sólidos em suspensão, não grosseiros, que são mais pesados que a parte líquida. Esses sólidos se sedimentam, indo para o fundo dos decantadores, formando o lodo primário bruto. Esse lodo é retirado do fundo do decantador, através de raspadores mecanizados, tubulações ou bombas.

Processo Anaeróbio: Ocorre através da fermentação, na ausência de oxigênio.

Tipos mais comuns: 
Sistema fossa séptica – filtro anaeróbio – Muito usado no Brasil, no meio rural e em comunidades de pequeno porte. Os sólidos em suspensão se sedimentam no fundo da fossa séptica e formam o lodo onde ocorre a digestão anaeróbia. O líquido se encaminha para o filtro anaeróbio que possui bactérias que crescem aderidas a uma camada suporte formando a biomassa,que reduz a carga orgânica dos esgotos.

Reator Anaeróbio de Manta de Lodo (UASB) – A biomassa cresce dispersa no meio e não aderida como nos filtros. Esta biomassa, ao crescer, forma pequenos grânulos, que por sua vez, tendem a servir de meio suporte para outras bactérias. O fluxo do líquido é ascendente e são formados gases – metano e gás carbônico, resultantes do processo de fermentação anaeróbia.

Tratamento Secundário: Remove a matéria orgânica e os sólidos em suspensão. 

Processo: Através de processos biológicos, utilizando reações bioquímicas, através de microorganismos – bactérias aeróbias,facultativas, protozoários e fungos. 

No processo aeróbio os microorganismos presentes nos esgotos se alimentam da matéria orgânica ali também presente, convertendo-a em gás carbônico, água e material celular. Esta decomposição biológica do material orgânico requer a presença de oxigênio e outras condições ambientais adequadas como temperatura, pH , tempo de contato etc. 

Tipos mais comuns de tratamento secundário:

Lagoas de estabilização (ou lagoas de oxidação) e suas variantes
São lagoas construídas de forma simples, onde os esgotos entram em uma extremidade e saem na oposta. A matéria orgânica, na forma de sólidos em suspensão, fica no fundo da lagoa, formando um lodo que vai aos poucos sendo estabilizado. O processo se baseia nos princípios da respiração e da fotossíntese: As algas existentes no esgoto, na presença de luz, produzem oxigênio que é liberado através da fotossíntese. Esse oxigênio dissolvido (OD) é utilizado pelas bactérias aeróbias (respiração) para se alimentarem da matéria orgânica em suspensão e dissolvida presente no esgoto. O resultado é a produção de sais minerais – alimento das algas - e de gás carbônico (CO2).

Lodos ativados e suas variantes
É composto, essencialmente, por um tanque de aeração (reator biológico), um tanque de decantação (decantador secundário) e uma bomba de recirculação do lodo. O princípio do sistema é a recirculação do lodo do fundo de uma unidade de decantação para uma de aeração. Em decorrência da recirculação contínua de lodo do decantador e da adição contínua da matéria orgânica, ocorre o aumento da biomassa de bactérias, cujo excesso é descartado periodicamente.

Tratamento aeróbio com biofilme
Os esgotos são aplicados sobre um leito de material grosseiro, como pedras e ripas ou material plástico, e percola em direção a drenos no fundo. Este fluxo do esgoto permite o crescimento de bactérias na superfície do leito, formando uma película de microorganismos. O ar circula nos espaços vazios entre as pedras ou ripas, fornecendo oxigênio para os microorganismos decomporem a matéria orgânica.

Tratamento Terciário: Remove poluentes específicos (micronutrientes e patogênicos), além de outros poluentes não retidos nos tratamentos primário e secundário. Este tratamento é utilizado quando se deseja obter um tratamento de qualidade superior para os esgotos. Neste tratamento remove-se compostos como nitrogênio e fósforo, além da remoção completa da matéria orgânica.

Processo:
Através de processos por radiação ultravioleta, químicos e outros.

Tratamento do lodo
Todos os processos de tratamento de esgoto resultam em subprodutos: o material gradeado, areia, escuma, lodo primário e lodo secundário, que devem ser tratados para serem lançados no meio ambiente.

Lodo estabilizado
Disposição do lodo em aterros sanitários ou aplicando como fertilizante na agricultura, após tratamento adequado.

Lodo não estabilizado
· Adensamento, para remoção da umidade
· Estabilização para remoção da matéria orgânica
· Condicionamento para preparar para a desidratação
· Desidratação para remover a umidade, com redução do volume, em leitos de secagem, lagoas de lodo e equipamentos mecânicos
· Disposição final em aterros sanitários, aplicação no solo etc.

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