Uso de energéticos representa risco à saúde
Ednilto Neves
Para não serem ‘derrubados’ pelo efeito da ingestão de bebidas alcoólicas, muitos foliões costumam recorrer aos energéticos, comumente adicionados a bebidas como o uísque. A mistura, no entanto, pode ser extremamente perigosa, principalmente, se a pessoa tiver algum problema de saúde, como explica o cardiologista Cleber Mesquita, que também é professor do curso de Medicina da Universidade do estado do Rio Grande do Norte (UERN).
De acordo com o médico, os energéticos comercialmente distribuídos no nosso meio têm, via de regra, um percentual de cafeína e de outras xantinas muito elevado. Esse, aliás, é o objetivo desses energéticos, que atuam estimulando o sistema nervoso simpático para deixar ‘energia’, sendo que, diferentemente do que acontece com os energéticos naturais, essa ‘energia’ não é queimada em forma de calorias.
Assim, o consumo do produto estimula a produção de ácido clorídrico e a produção de noradrenalina, que aumenta a frequência cardíaca, eleva a pressão arterial e dilata a pupila, entre outros efeitos.
O cardiologista comenta que, quem não sofre de nenhuma doença cardiovascular pode não ter nada, mas quem possui problemas dessa natureza, mesmo que não saiba, é prejudicado, principalmente, se o energético for associado a bebidas alcoólicas.
Cleber Mesquita alerta ainda para os riscos de uma emergência hipertensiva, que inclui problemas como infarto do miocárdio e Acidente Vascular Cerebral (AVC). Além disso, esses produtos tornam a concentração baixa, o que pode provoca acidentes de trânsito, por exemplo. “Você está ativo, mas não está concentrado”, argumenta o médico.
A regra, segundo ele, é não consumir esses energéticos, principalmente, se a pessoa tem algum problema cardíaco.
Ele também orienta sobre a necessidade de dormir. “O sono é restaurador”, diz Cleber Mesquita.
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