Garibaldi lança Henrique para o Governo
Wilson Moreno
O ministro da Previdência Social, senador licenciado Garibaldi Alves Filho, afirmou que o único nome do Partido do Movimento Democrático Brasileiro para disputar o Governo do Rio Grande do Norte é o do presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves.
Ao ser entrevistado pela editoria de Política da GAZETA DO OESTE na tarde de ontem, o peemedebista descartou por completo uma eventual candidatura ao Governo do Estado em 2014, assim como disse que tem aconselhado ao deputado estadual Walter Alves manter a trabalho no Poder Legislativo do Rio Grande do Norte, concorrendo à reeleição em 2014.
"Para o Governo do Estado pelo PMDdB, eu veria o nome de Henrique", afirma o ministro da Previdência Social, ponderando que o presidente da Câmara dos Deputados vivencia um dos momentos mais importantes de sua trajetória política como o terceiro homem na escala hierárquica do País e sendo ainda um dos grandes nomes da política nacional. Dessa forma, explica o ministro Garibaldi Filho, não crê em uma candidatura de Henrique.
"Henrique está muito feliz, conforme o que se percebe, é uma coisa que se vê a olho nu, pois é uma coisa muito evidente que ele quer se manter no cenário nacional onde ele desfruta de um grande prestígio", analisou o ministro, destacando que, na condição de expoente nacional da política, o deputado federal Henrique Eduardo Alves dispõe de amplas condições de ajudar fortemente o Rio Grande do Norte trazendo mais benefícios. "Mas, o candidato mais viável do PMDB para disputar o Governo do Rio Grande do Norte é o deputado Henrique Eduardo Alves, no caso de um rompimento na aliança entre o PMDB e o DEM aqui no Estado", acrescentou Garibaldi.
Garibaldi Filho também falou a respeito do possível afastamento do deputado Henrique Eduardo Alves da presidência regional do PMDB, cedendo o comando da legenda para o deputado estadual Walter Alves, que é o atual primeiro vice-presidente do Partido do Movimento Democrático Brasileiro no Rio Grande do Norte. De acordo com o ministro da Previdência Social, esta possibilidade hoje está completamente descartada.
Ele justificou a sua posição manifestando que existem inúmeros focos de inquietação peemedebista em praticamente todas as regiões do Estado. Na opinião de Garibaldi Alves Filho, a presença de Henrique Eduardo Alves no comando do partido no Estado se faz necessária até mesmo como forma de se administrar os focos de rebelião e inquietação interna na agremiação.
"Até agora esse afastamento não se realizou e não é porque o deputado Henrique Eduardo Alves não tinha o desejo de dar essa oportunidade ao deputado Walter Alves. O que ocorre é que a situação tornou-se delicada e o deputado Henrique, pelo fato de que o deputado Henrique ascendeu a este posto na presidência da Câmara, ele naturalmente, pelo fato de haver essa inquietação nas bases, é melhor permanecer na presidência do diretório regional e o deputado Walter Alves ajudando a ele", apontou o ministro.
Sobre o relacionamento entre o PMDB e o DEM, Garibaldi Alves Filho disse que o desejo é que essa aliança permaneça para as eleições do próximo ano. Ele voltou a repetir o termo "inquietação" para classificar o sentimento das bases peemedebistas no tocante à aliança. "A inquietação se deve ao fato de o Governo não ter os melhores índices ou não ter encontrado os melhores índices de aprovação e isso é absolutamente necessário. Está sendo feito um esforço e houve um consenso quanto a indicação de novos secretários e vamos esperar", recomendou Garibaldi.
ANALISE
Quanto a sua presença na equipe ministerial da presidente da República, Dilma Rousseff, o senador licenciado Garibaldi Alves Filho se considerou satisfeito. Quanto as colocações de íntegra, o chamado "time dos sonhos" da presidente da República, ele fez questão de dizer que isso se configura em um certo exagero da parte da imprensa.
"Eu não concordo muito com isso não até porque a presidente Dilma tem um grupo de ministros que estão mais próximos dela e eu não me incluo neste grupo. O meu mérito talvez seja por conta do meu trabalho, que é um trabalho cercado de problemas e tão complexo e vem recebendo reconhecimento da parte dela (presidente Dilma Rousseff) e da parte do próprio governo", disse o ministro, se considerando altamente satisfeito na condução da pasta e assegurando que se não se estivesse satisfeito já teria entregue o cargo à chefe da nação brasileira.
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