Pesquisar este blog

quinta-feira, maio 23, 2013

FONTE: AGENCIA BRASIL

Anistia Internacional destaca trabalho da Comissão da Verdade

22/05/2013 - 20h35

Akemi Nitahara

Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - Com um ano de instalação, a Comissão Nacional da Verdade (CNV) teve destaque no relatórioO Estado dos Direitos Humanos no Mundo, lançado hoje (22) pela Anistia Internacional. O documento analisa dados de 2011 em 159 países e tem um capítulo dedicado ao Brasil.
O diretor executivo da Anistia Internacional Brasil, Átila Roque, ressalta que o objetivo da CNV é investigar violações dos direitos humanos ocorridas entre 1946 e 1988 e que as investigações têm sido feitas com base em registros e audiências públicas.
“Ainda que a gente veja alguns problemas no modo como a comissão funciona, o que predomina na nossa análise é o reconhecimento da importância da nomeação da Comissão da Verdade no ano passado. Era uma demanda de muitos anos das organizações e do movimento dos direitos humanos no Brasil, dos familiares e vítimas. Todas as pessoas que têm uma preocupação grande em relação à justiça e à impunidade no Brasil, especialmente em relação aos crimes do passado, aos crimes da ditadura, a nomeação da Comissão da Verdade é muito alentadora e ela vem, na verdade, muito tarde, se você olhar para o restante da região ou do mundo, né?”
Por outro lado, o relatório demonstra preocupação por algumas reuniões terem sido secretas e duvida da capacidade do país punir os crimes enquanto a Lei da Anistia de 1979 estiver em vigor.  De acordo com Roque, essa lei foi considerada inválida pela Corte Interamericana de Direitos Humanos, em 2010.
“Muitos dos crimes que estão sendo investigados não são passíveis de perdão, anistia ou prescrição. Então, a Comissão da Verdade vai abrir sim uma discussão forte de como você faz justiça. Nesses casos, isso pode levar eventualmente a uma discussão sobre a própria Lei da Anistia, que está sendo alvo de recursos no próprio STF, tem uma questão internacional, tratados que o Brasil é signatário que não reconhecem a possibilidade de anistia para crimes dessa ordem, por aí também pode se abrir a possibilidade de questionamento”.
O documento da Anistia Internacional também destaca o fato de procuradores federais terem iniciado ações penais contra agentes do governo com o argumento que os crimes praticados na época do regime militar ainda perduram.
Edição: Fábio Massalli//Matéria alterada às 9h40 de quinta-feira (23) para esclarecer informação de que os dados analisados na pesquisa são referentes a 2011 e não a 2012.
Todo o conteúdo deste site está publicado sob a Licença Creative Commons Atribuição 3.0 Brasil. Para reproduzir as matérias é necessário apenas dar crédito à Agência Brasil

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Opine com responsabilidade sem usar o anonimato usando a Liberdade de Expressão assegurado pelo artigo 5º da Constituição Federal.

Liberdade de expressão é o direito de todo e qualquer indivíduo de manifestar seu pensamento, opinião, atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, sem censura, como assegurado pelo artigo 5º da Constituição Federal.

BR-304/RN terá pontos parciais de interdição a partir de hoje

O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) fará para interdições parciais no tráfego da BR-304/RN, em Mossoró, a parti...