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quinta-feira, agosto 29, 2013

TEXTO DE VALCIMAR FERREIRA, CONSELHEIRO TUTELAR

Separação dos pais o sofrimento dos filhos a parti De 3 a 5 anos e maior pois eles não assimila. 
Os vínculos com o pai tornam-se mais fortes, conforme a criança cresce. A capacidade cognitiva já se desenvolveu, com a possibilidade de acessar memórias, associar sentimentos e pensamentos e ampliar o entendimento sobre o divórcio. Com a separação, o “casal idealizado” deixa de existir para a criança, o que frustra e leva ao trauma. Mas, isso pode ser contornado.

É fundamental que o filho entenda que o divórcio não representa uma quebra de vínculo com ele mas, apenas, entre os pais. Uma conversa franca, na presença de pai e mãe, é uma boa atitude. Os motivos da separação devem ser colocados de forma adequada à idade, enfatizando que ele vai continuar convivendo com os dois e que ambos vão amá-lo, incondicionalmente.

Nessa etapa, é possível explicar o que é uma guarda compartilhada e oferecer liberdade para que as crianças transitem entre as casas da mãe e do pai. Porém, em condições normais, períodos de mais de uma semana de separação da mãe ainda são desaconselháveis. Somente após os cinco anos, as crianças entendem que os pais continuam existindo, mesmo que haja ausência física.

Os sintomas de sofrimento, dos três aos cinco anos, são medo exagerado, dificuldade em se afastar de um dos pais ou da casa, angústia e terror noturno. Problemas de socialização também podem ocorrer, especialmente quando a separação se torna motivo de chacota. Isso, porém, tem sido menos frequente, à medida que os divórcios se tornaram mais comuns. Hoje, os comentários de colegas são muito mais no sentido de ajudar. De qualquer forma, uma conversa esclarecedora ajuda a deixar o pequeno mais seguro e a lidar com comentários pejorativos. Agora, quando a criança apresenta alteração mais intensa de comportamento, com prejuízos a suas atividades de rotina, é hora de buscar acompanhamento profissional. Em processos litigiosos, ou quando um dos pais não consegue encarar a separação de maneira madura, a avaliação psicológica dos filhos também pode ser necessária.

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