O trabalho ostensivo dos agentes de fiscalização durante o Carnaval foi intenso, segundo o juiz Homero Lechner, magistrado que está à frente da 1ª e 3ª Varas da Infância e Juventude da capital. “O caso mais relevante foi o da adolescente de 17 anos, encontrada na madrugada do último sábado, em trabalho de prostituição”, conta o magistrado. O crime aconteceu na boate Senzala, localizada no bairro de Ponta Negra, zona Sul da capital.
Além da menor, foram encontrados com o agenciador vídeos e imagens de crianças e adolescentes em situação de exploração sexual. “Todos esses materiais foram recolhidos e encaminhados para a Delegacia de Plantão da Zona Sul”, completa.
O agenciador foi preso em flagrante. Na busca, também foram encontrados documentos falsos da menor, cuja idade foi adulterada para 19 anos. Além do suspeito, foram autuados também os estabelecimentos.
Segundo Lechner, a adolescente foi encaminhada para acolhimento na Casa de Passagem 3. A menor não tem família em Natal, é natural de São Paulo e completará 18 anos em abril. “A descoberta deste caso serve para motivar a Polícia Civil a investigar esse tipo de ocorrência. Com a Copa, a exploração infantil e juvenil pode se tornar frequente. É preciso fiscalizar para punir”, ressalta.
Um relatório foi encaminhado para a promotoria judicial e ao delegado responsável para que sejam feitas as diligências necessárias. A suspeita é de que exista uma rede de aliciamento de menores em atividade.