Grito
da Terra Brasil deve mobilizar 100 mil trabalhadores em todo o país
Andreia
Verdélio - Repórter da Agência Brasil Edição: Denise Griesinger
Grito
da Terra
Em
2013, o 19º Grito da Terra reuniu trabalhadores rurais de todo o país em
passeatas e manifestações na Esplanada dos Ministérios, em BrasíliaWilson
Dias/Agência Brasil
O
Movimento Sindical de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais inicia hoje (12) o
20º Grito da Terra Brasil e pretende mobilizar 100 mil trabalhadores em todo o
Brasil. Cerca de 200 representantes das 27 federações dos Trabalhadores na
Agricultura (Fetags) se reúnem em Brasília para as negociações com o governo,
que ocorrem até o dia 19 de maio.
Na
agenda, reuniões e audiências envolvendo 19 ministérios e diversos órgãos
governamentais e autarquias. Segundo a Contag, a presidenta Dilma Rousseff
ainda não confirmou presença, mas já se comprometeu a dar uma resposta à pauta
de reivindicações, que conta com 23 pontos centrais.
A
pauta dos trabalhadores inclui reforma agrária, fortalecimento da agricultura
familiar, meio ambiente, juventude e sucessão rural, assalariamento rural,
Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (Planapo), políticas
sociais, relações internacionais e organização e enquadramento sindical.
Promovido
pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), pelas
Fetags e pelos sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais, o Grito da
Terra Brasil vai concentrar as mobilizações na próxima semana, de 19 a 22 de
maio, com ações em todo o país.
Além
de mobilizar mais trabalhadores, a descentralização dos atos visa pressionar os
governos locais para que as políticas públicas já conquistadas cheguem até o
trabalhador. Entretanto, a Contag promete um grande ato em Brasília, caso as
negociações não avancem.
Ao
todo, são mais de 300 reivindicações, entre elas o assentamento de 150 mil
famílias e um montante de R$ 51,4 bilhões para o desenvolvimento sustentável da
agricultura familiar, sendo R$ 30 bilhões para crédito de investimento e
custeio do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf)
e R$ 21,4 bilhões para as demais políticas e programas.