Secretário
do PT de Natal é investigado por ameaças contra Joaquim Barbosa
Petista
teria utilizado rede social para classificar o ministro do STF como monstro e
por defender opiniões como, "deve ser morto"
Por
Estadão Conteúdo
A
Polícia Federal (PF) investiga, a pedido do Supremo Tribunal Federal (STF),
ameaças de morte ao presidente da Corte, Joaquim Barbosa, em perfis de redes
sociais na internet. Em um dos dois inquéritos de investigação, a PF descobriu
que um dos que ameaçaram o ministro foi Sérvolo de Oliveira e Silva, secretário
de organização do diretório do PT em Natal e membro da Comissão de Ética do
partido no Rio Grande do Norte.
“Contra
Joaquim Barbosa toda violência é permitida, porque não se trata de um ser
humano, mas de um monstro e de uma aberração moral das mais pavorosas”, postou
o petista no perfil do Facebook com o nome de Sérvolo Aimoré-Botocudo de
Oliveira, como informou a edição da revista Veja deste fim de semana.
Barbosa
era o alvo das ameaças investigadas pela PF (Foto: Valter Campanato/Agência
Brasil)
Barbosa
era o alvo das ameaças investigadas pela PF (Foto: Valter Campanato/Agência
Brasil)
“Joaquim
Barbosa deve ser morto. Ponto Final. Estou ameaçando a um monstro que é uma
ameaça ao meu país. Barbosa é um monstro e como monstro deve ser tratado”,
continuou Sérvolo. Procurada ontem pela reportagem, a direção nacional do PT
disse que não iria se manifestar sobre o tema. Sérvolo não foi localizado pela
reportagem.
Depois
que começou a ser investigado pela PF, ele se mudou para Foz de Iguaçu. À
revista, o petista diz que fez menção ao tiro na cabeça porque se lembrou da
morte do PC Farias. “A burguesia brasileira age assim. Sou do candomblé, não
tenho coragem de matar ninguém”, afirmou, completando que se quisesse de fato
matar alguém não postaria a ameaça na internet.
No
outro inquérito, segundo pedido do Ministério Público Federal a PF investiga
quem está por trás do perfil de Brasília que convoca membros e correligionários
do PT a atentar contra a vida do presidente do STF. Ameaça de morte pode render
uma pena de até seis meses de prisão, de acordo com o Código Penal. Atualizado
em 10 de maio às 16:19