"Não
me abaterei com isso", diz Dilma sobre hostilidade na abertura da Copa.
Yara
Aquino - Repórter da Agência Brasil Edição: Valéria Aguiar
A
presidenta Dilma Rousseff respondeu hoje (13) à hostilidade sofrida após a
cerimônia de abertura da Copa do Mundo, na tarde de ontem (12), em São Paulo,
no Arena Corinthias, o Itaquerão. Dilma disse que não irá se deixar
“atemorizar” por xingamentos e que esse tipo de manifestação não a abate ou
enfraquece. A presidenta lembrou que sofreu tortura física durante o período da
ditadura militar e disse que nem essa situação extrema a desviou do caminho que
traçou para seguir.
Cerimônia
de abertura da Copa lembra cultura e riquezas naturais do Brasil
“Não
vou me deixar perturbar, atemorizar por xingamentos que não podem sequer ser
escutados pelas crianças e famílias. Aliás, na minha vida pessoal, enfrentei
situações do mais alto grau de dificuldade, situações que chegaram num limite
físico. Superei agressões físicas quase insuportáveis e nada me tirou do meu
rumo, dos meus compromissos, nem do caminho que tracei para mim. Quero dizer
para todos, não serão xingamentos que vão me intimidar, não me abaterei por
isso”, disse.
Copa
2014: Acompanhe a cobertura completa da Agência Brasil
As
declarações foram feitas pela presidenta durante discurso na inauguração da
primeira etapa do BRT Expresso DF, Eixo Sul, no Distrito Federal. Ontem, após o
término da cerimônia de abertura da Copa, alguns torcedores fizeram xingamentos
à presidenta Dilma Rousseff, e aos representantes da Federação Internacional de
Futebol.
Dilma
disse ainda conhecer o caráter do povo brasileiro e, por isso, tem a
consciência de que esses xingamentos não expressam o que sente esse povo que é
“civilizado e extremamente generoso e educado”. E completou “podem contar que
isso não me enfraquece”.