FGV:
inflação sobe mais para famílias que ganham menos:
Nielmar
de Oliveira - Repórter da Agência Brasil Edição: Valéria Aguiar
Dinheiro
Inflação
sobe 0,58% para famílias que ganham
menosMarcello Casal/Agência Brasil
O
Índice de Preços ao Consumidor-Classe 1 (IPC-C1), que diz respeito às famílias
com rendimento de até 2,5 salários, subiu 0,58% em maio, ficando 0,06 ponto
percentual superior ao das famílias com rendimento maior – que variou 0,52% no
mesmo período.
Os
dados relativos ao IPC-C1 foram divulgados hoje (11) pelo Instituto Brasileiro
de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV). Com o resultado de maio, a
inflação para as famílias com rendimento de até 2,5 salários passou a acumular
alta de 3,7%, nos primeiros cinco meses do ano, enquanto a taxa dos últimos
doze meses (a anualizada) ficou em 6%.
Saiba
Mais
Dilma
rebate críticas de que inflação esteja fora de controle
Em
maio, o IPC-BR, que registra a inflação para todas as classes de renda, ao
registrar variação de 0,52%, passou a acumular nos indicador nos últimos 12
meses alta de 6,57%, neste caso ficando acima 0,57 ponto percentual da inflação
das famílias de menor renda.
Os
dados do Ibre-FGV indicam queda na inflação em quatro das oito classes de
despesa componentes do índice. O grupo alimentação recuou de 1,69% para 0,27%;
saúde e cuidados pessoais, de 1,68% para 0,94%; vestuário (0,71% para 0,46%); e
transportes (0,68% para 0,58%).
Nesses
grupos, os destaques partiram dos itens hortaliças e legumes, no grupo
alimentação chegou a recuar 3,02 pontos percentuais (de 5,52% para 2,5%);
medicamentos em geral, no grupo saúde e cuidados pessoais, recuou de 2,45% para
1,35%; roupas, no grupo vestuário ( de 0,77% para 0,58%), fechando com
gasolina, em transportes, que caiu de 0,42% para uma deflação de 0,28%.
Em
contrapartida, foram computados acréscimos nas taxas de variação dos grupos
educação, leitura e recreação (que saiu de uma deflação de 0,40% para uma
inflação de 0,69%, resultado 1,09 ponto percentual entre um período e outro;
habitação (0,73% para 0,84%); despesas diversas (0,36% para 0,77%); e
comunicação ( menos 0,03% para 0,06%).
Nestas
classes de despesa, destacam-se no grupo transporte, o item passagem aérea (que
saiu de uma inflação negativa de 29,23% para uma alta de 13,9%); tarifa de
eletricidade residencial, no grupo habitação (2,41% para 3,94%), jogo lotérico,
despesas diversas, ( de 0 para 7,29%) e pacotes de telefonia fixa e internet,
no grupo Comunicação (0,20% para 0,42%).