Imprensa
internacional critica infraestrutura brasileira para a Copa
Karine
Melo - Repórter da Agência Brasil Edição: Valéria Aguiar
Notícias
sobre a Copa do Mundo no Brasil estampam capas e os sites da imprensa
internacional pelo mundo. Com a manchete “A Copa mais realista do Brasil” o jornal espanhol El País destaca nesta
quinta-feira (12) os 6 anos e 7 meses entre a eleição do Brasil para sediar o
mundial e o início do torneio.
“Além
de apaixonados por futebol, os pentacampeões ouviram adjetivos desconfortáveis,
como corruptos, acomodados, ingênuos, incompetentes e despreparados. A
exposição dos erros com o Mundial tirou os brasileiros da inércia e promoveu
uma onda de protestos inédita, que começaram há exatamente um ano, em junho de
2013, quando milhões de brasileiros saíram para protestar por transporte, saúde
e educação de qualidade”, diz o jornal.
O
francês Le Monde descreve São Paulo como uma selva de pedras “sempre em busca
de seus limites entre luxo e miséria gigantismo”. O periódico francês também
lembra os protestos em junho de 2013 de e a “confusão causada pela greve dos
metroviários” alguns dias antes do início do Mundial.
O
Le Monde também destaca os R$ 820 milhões gastos na construção do Itaquerão,
arena que vai receber os jogos da copa na capital paulista. “O suficiente para
alimentar a amargura de diversos movimentos sociais”, diz matéria publicada
hoje.
Esta
semana o The New York Times destacou uma "ansiedade profunda" entre
os brasileiros, em meio aos preparativos para a Copa e a crise econômica. O
jornal norte-americano falou ainda que com realização do Mundial no Brasil
existe uma "sensação de mal-estar", que reflete as reivindicações
crescentes da classe média por serviços melhores.
já
o jornal inglês The Economist critica a falta de alternativas a táxis em
Guarulhos e destaca que a esperança era um trem que ligaria o aeroporto à cidade
,mas a obra não ficou pronta a tempo. “Na verdade, apenas cinco das 35 obras
prometidas de mobilidade urbana para a Copa do Mundo foram concluídas ao redor
do país", diz o jornal.