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sexta-feira, agosto 22, 2014

MATÉRIA E FOTO DO BLOG DO PLANALTO 22 DE AGOSTO DE 2014

Obras do Eixo Norte do Projeto de Integração do Rio São Francisco, em fevereiro de 2013. Foto: Divulgação/PAC

O Projeto de Integração do Rio São Francisco (PISF), uma das 50 maiores construções de infraestrutura em execução no mundo, contratou 100% de todas as etapas. O empreendimento, orçado em R$ 8,2 bilhões, terá extensão de 477 km nos dois eixos de transferência de água, Norte e Leste, beneficiará uma população estimada de 12 milhões de habitantes, em 390 municípios de Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte. Será garantido o abastecimento de água desde grandes centros urbanos até centenas de pequenas e médias cidades do semiárido e do interior do Nordeste, incluindo populações rurais, promovendo desenvolvimento regional sustentável.

A Integração engloba construção de quatro túneis, 14 aquedutos, nove Estações de Bombeamento e 27 reservatórios, além de recuperar 23 açudes. Atualmente as obras apresentam 62,4% de execução, sendo que os dois canais de aproximação dos eixos Norte e Leste estão concluídos.

Todas as metas de execução estão em atividades e há trechos do Eixo Norte com canteiros de obra que funcionam 24 horas por dia. Estão empregados atualmente 11.462 trabalhadores e 3.929 máquinas estão em operação. A conclusão das obras está prevista para 2015.

O projeto

A Integração do São Francisco é a mais importante iniciativa do governo federal e a maior obra dentro da Política Nacional de Recursos Hídricos. O objetivo é garantir a segurança hídrica para mais de 390 municípios no Nordeste Setentrional, onde a estiagem ocorre frequentemente. A Região Nordeste possui 28% da população brasileira e apenas 3% da disponibilidade de água, o que provoca grande irregularidade na distribuição dos recursos hídricos, já que o Rio São Francisco apresenta 70% de toda a oferta regional.

As águas do Rio São Francisco beneficiarão bacias que têm, em média, uma oferta hídrica de 450 m3/habitante/ano, bem inferior à considerada como ideal pela Organização das Nações Unidas (ONU), que é de 1.500 m3/habitante/ano.

Investimento ambiental

O projeto prevê recursos de quase R$ 1 bilhão (quase 12% do total) para programas básicos ambientais. Trata-se do mais significativo volume de investimentos nas questões socioambientais e arqueológicas do semiárido setentrional. As ações desenvolvidas pelos 38 programas ambientais do projeto possibilitam o conhecimento aprofundado do bioma Caatinga, não só no âmbito da fauna e da flora, mas também em diversos aspectos econômico-sociais, arqueológicos e na melhoria de condições de vida de comunidades indígenas e quilombolas na área de impacto do projeto.

Reassentamento


O projeto possui também um programa de reassentamento para atender as famílias residentes na faixa de obra por meio de reassentamentos em vilas produtivas rurais. As vilas contam com postos de saúdes, escolas, rede elétrica, sistema de abastecimento de água e esgotamento sanitário. As famílias recebem acompanhamento social e capacitação para geração de renda e gestão ambiental.

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