COLUNA
PRA INICIO DE CONVERSA 08 DE NOVEMBRO DE 2014.
01-.
Plantão Policial o cobra cascavel:
Informação dos Policiais de Plantão na Quebrada
Velha de Guerra é que esta sem problemas nas ultimas horas, não se sabe daqui
pra frente na Calada da Noite. Olho vivo Rapaziada
Solicitamos
aos Guardas Noturnos que se possível der umas voltas pelas Rua Alexandre
Benedito, umas olhadas bem frequentes o k.
Ontem
logo sedo da noite como já sabem invadiram uma residência e tentaram arromba
outra. O caso agora é com a policia. Fazer o que
02-.
Sobre o incêndio no Carro de Nelson: Permanece a duvida, foi Curto Circuito ou
atentado criminoso, uma Perícia tirava algumas duvidas mais isso acho que não
será feito, é, ele fica andando a Pé e com o prejuízo. Como diz a adagio
popular, vai os anéis fica os dedos e um dia com uma noite no meio sempre resolve
as coisas silenciosamente. Deus é juiz
03-.
Comemoração: como já sabem de ontem pra hoje houve uma Comemoração tranquila
sem maiores incidentes na festa, todos brincaram, beberam, dançaram em paz. Isso
é bom.
05-.
Atentado: no tempo do Regime Militar estes episódios eram frequentes por conta
das perseguições Politicas aos revoltosos conta o Regime. Era terrível
Será
que voltou esta pratica criminosa novamente. Ficas a incógnita.
Atentado
Politico:
Em 1981 um grupo de militares da chamada
“linha dura”, insatisfeitos com o processo de abertura política e de
redemocratização pelo qual vinha passando o Brasil nos últimos anos, organizou
um atentado que ficou conhecido como Atentado ao Riocentro. A investida de tais
militares passou longe de se ter o efeito esperado e só serviu para
intensificar a queda da ditadura militar no país.
Desde
a eleição de João Batista Figueiredo no final da década de 1970, o Estado
brasileiro já vinha tomando novos rumos em sentido à democracia. O presidente,
que recebeu um país que sofria as conseqüências do fim do milagre econômico e
das contestações da população em relação ao regime vigente no país, assumiu o
cargo com o propósito de promover a estimada abertura política no Brasil. Nos
últimos anos, as grandes marcas do regime autoritário militar, como, por
exemplo, o bipartidarismo, já havia sido extinguidas. Todavia um grupo de
militares mais radicais e conservadores estava plenamente insatisfeito com a
redemocratização e queria de todas as formas impedir o avanço de tal processo.
Esses militares formavam a chamada “linha dura”.
Uma
das atitudes drásticas tomadas por esses militares da “linha dura” na tentativa
de desacelerar o processo de abertura política foi um dos maiores atentados já
praticados contra a população brasileira, o caso do Riocentro. No dia 30 de
abril de 1981 ocorria no Riocentro um evento com shows de vários artistas da
Música Popular Brasileira em comemoração ao Dia do Trabalhador, alguns
militares da ala radical planejaram explodir bombas nos geradores de energia do
evento almejando espalhar o pânico e a desordem entre o público. Entretanto uma
das bombas explodiu antes da hora e resultou no fracasso de tais militares,
causando a morte de um deles.
Segundo
consta, algumas ocorrências estranhas antes mesmo do show já apontavam para a
organização do atentado planejado pelos militares. Tudo indica que muitas
pessoas, incluindo militares e civis, participaram da organização do atentado
que começou a ser elaborado pelo menos um mês antes do evento no Riocentro. A
Polícia Militar, que sempre realizava a cobertura dos eventos no Riocentro,
estranhamente suspendeu o policiamento naquele dia argumentando que, por ser um
evento de natureza privada, os próprios organizadores deveriam se incumbir da
segurança no local.
Na
noite do evento, dois militares, o sargento Guilherme Pereira do Rosário e o
capitão Wilson Dias Machado, usavam um automóvel Puma metálico no qual
transportavam os artefatos explosivos que seriam utilizados no atentado. Ambos
os militares eram integrantes do DOI do I Exército na cidade do Rio de Janeiro,
sendo que o sargento Rosário era treinado em montagem de explosivos. Os
militares pararam o carro no estacionamento do evento, onde provavelmente desenvolveram
a montagem das bombas. O objetivo era explodi-las nos geradores de energia para
acabar com os shows e espalhar o pânico entre os presentes. Contudo por volta
das 21 horas, quando o Puma começava a sair da vaga onde tinha estacionado no
Riocentro, provavelmente indo implantar as bombas, uma delas explodiu antes da
hora e dentro do carro. A explosão inflou o teto e destruiu as portas do
veículo, matando o sargento Rosário e ferindo gravemente o capitão Wilson
Machado. Este, em atitude desesperada, se jogou para fora do carro clamando por
ajuda e que o levassem para o hospital. Outra explosão ainda ocorreu de uma
bomba que havia sido jogada na mini-estação elétrica que gerava a energia para
o evento, mas, a bomba que havia sido jogada por cima do muro, explodiu no
pátio e não interrompeu o evento.
O
exército declarou que radicais de esquerda teriam sido os responsáveis pelo
atentado contra o governo, mas tal justificativa já não tinha mais força
naquele momento. Era sabido o envolvimento de militares da “linha dura” com
medidas contra o processo de abertura política. Com o fracasso, a “linha dura”
e o SNI (Serviço Nacional de Informações) realizaram um esforço conjunto para
tentar encobrir o caso. Mesmo assim, um inquérito policial militar foi aberto
sobre o caso, só que o fracasso nas investigações para provar a organização do
atentado pela “linha dura” levou o ministro da Casa Civil Golbery de Couto e
Silva a renunciar ao cargo e o caso foi arquivado.
O
episódio serviu para acelerar a falência da ditadura militar no Brasil e
possibilitar ainda mais a conquista da democracia quatro anos mais tarde.
Em
1999 o caso do Atentado ao Riocentro foi reaberto quando o general Octávio de
Medeiros, ex-chefe do SNI, declarou saber do mesmo uma hora antes de acontecer,
pois o general Newton Cruz, que já sabia do plano um mês antes, havia lhe
contado. Com novas provas surgindo, a Comissão de Direitos Humanos da Câmara
dos Deputados solicitou a reabertura do caso, que foi aceito pela procuradora
da República Gilda Berger considerando que o caso não se enquadrava na Lei da
Anistia, a qual envolvia crimes apenas entre 1961 e 1979.
Passados
três meses de investigação, o coronel Wilson Machado foi indiciado por
homicídio qualificado, o general da reserva Newton Cruz foi indiciado por falso
testemunho e desobediência, o sargento Guilherme do Rosário também seria
condenado se estivesse vivo, assim como o coronel Freddie Perdigão, falecido em
1997, por ter-se descoberto que foi o organizador do atentado.
Após
todas as punições, o caso foi arquivado novamente em 1999 pelo ministro Carlos
Alberto Marques Soares alegando que o Estado já não tinha mais como punir os
envolvidos e a sentença dada já era definitiva.