Obras
do Minha Casa Minha Vida em Santa Maria, Distrito Federal (DF). Foto:
divulgação/PAC.
Qual
a expectativa do mercado da construção civil para 2015? A inclusão de 350 mil
unidades no Minha Casa, Minha Vida deve ajudar no crescimento do setor?
O
programa deve ajudar no crescimento da construção civil, sem dúvida. É muito
importante a garantia de que possamos iniciar janeiro contratando no Minha
Casa, Minha Vida. Estimula porque não haverá descontinuidade. O que precisa ser
feito são os novos parâmetros para o mercado em 2015, seja o limite dos valores
(faixas de renda), a forma de atuação nas regiões do país e a situação dos
municípios que atingiram a meta de contratação. Se for parametrizado
rapidamente, 2015 será um ano exitoso para o Minha Casa, Minha Vida.
Como
a indústria avalia as contribuições da habitação popular para o mercado?
Hoje,
existem 500 mil trabalhadores com emprego direto ligado a esse programa. Quando
tenho um universo de 3,5 milhões de trabalhadores, na construção civil, com carteira
assinada, dá para ver o grau de importância. Antes, 87% eram autogestão. O
Minha Casa, Minha Vida contribuiu para a formalização. Aí, você tem qualidade
melhor, prazos compatíveis, formalidade, documentação, financiamento, tudo
organizado.
O
que a indústria tem feito para melhorar a produtividade?
Investimento
e capacitação. Capacitando melhor, o trabalhador se torna mais produtivo, tem
salário melhor e fica mais satisfeito. Investir em equipamentos melhora as
condições de trabalho. É muito melhor um trabalhador usar uma empilhadeira do
que carregar um saco de cimento. Mas uma empilhadeira não se paga em uma obra.
Por isso, na parte de tecnologia, a continuidade do programa é vital.
O
senhor defende a tese de que habitação popular deveria ser política de Estado?
É
uma questão de sobrevivência do programa Minha Casa, Minha Vida ser enquadrado
como uma política de Estado e não de governo. Os governos podem ajustá-lo. Cada
dia mais, a habitação de interesse social demanda tecnologia. O custo tem que ser
reduzido, a produtividade aumentada e a qualidade do imóvel melhor. Tem que
incorporar tecnologia. Para isso, é preciso garantia de sequência.
Com
informações da Agência Caixa de Notícias.