COLUNA
PRA INICIO DE CONVERSA 27 DE NOVEMBRO DE 2014.
01-.
Área Policial na Quebrada Velha de Guerra: Informação dos Policias de plantão
dar conta que não houve ocorrência nas ultimas horas esta tido normal.
Ontem
à noite ligaram do Sitio Santo André pedindo a presença da Policia para
averiguar quem era a ou Pessoas que estavam com uma lanterna na Propriedade
privada onde tem alguns animais, informação do dono é era alguém com Espingarda
de chumbinho e a lanterna atirando nos Preá.
O
Policia compareceu ao local localizou os Cabra já aqui no Matador Publico
periferia da Cidade mais o responsável pela terra não quis representa contra os
invasores. Fazer o que, a policia fez seu trabalho, compareceu na área.
02-.
Sinais de chuva pro Sertão de Carne e Ossos: agora atarde pra noite o clima
mudou e caiu uma neblina, só uma neblina. A natureza é quem sabe, confio nela
03-.
A cobiça pelo poder publico envenena. 30/01/2013
às 16:54 \ Feira Livre
‘A
cobiça cega e o Estado surdo’, por José Nêumanne
PUBLICADO
NO ESTADÃO DESTA QUARTA-FEIRA
JOSÉ
NÊUMANNE
O
incêndio na boate Kiss, em Santa Maria (RS), resultou da associação perversa e
criminosa da cobiça cega de um capitalismo de vale-tudo, sem código de conduta
nem esteio moral, com um Estado estroina, corrupto, incompetente e incapaz de
garantir ordem, paz, segurança pública, a vida e a integridade física de seus
cidadãos. Não se trata de um fenômeno exclusivo do subdesenvolvimento endêmico
do qual países emergentes como o nosso parecem nunca sair, principalmente no
que concerne ao espírito e às mentalidades. O mundo inteiro foi assaltado pela
brutalidade da busca incessante da fortuna fácil e do desprezo ao trabalho e à
conduta moral que deveria reger a vida em sociedade neste século 21, depois da
visita à Lua e do telefone portátil, que conecta seu usuário com as notícias do
dia, as cotações do mercado de capitais e as manifestações mais escabrosas da
miséria humana. Incêndios em boates são comuns e ocorrem em ambientes fechados
e abarrotados de material inflamável, produzindo assim vítimas de morte às centenas
e crônicas de grosseria e insensibilidade, antes, e de comoção e solidariedade,
depois.
No
Brasil, a peculiaridade apresenta-se em algo que os comentaristas de arbitragem
de futebol e os membros da Academia de Cinema de Hollywood chamariam de “o conjunto
da obra”. O incêndio da boate gaúcha ocorreu numa cidade que homenageia o
espírito que se identifica com o afeto materno, a mãe do Salvador, que reúne em
sua aura toda a luz da generosidade, do altruísmo, da capacidade de renúncia e
da piedade que um mortal é capaz de sentir e expressar. O momento também é
peculiar nosso: a maior seca dos últimos 30 anos no semiárido nordestino torna
a escassez ainda mais cruel, as famílias desabrigadas pelas enxurradas na Serra
e na Baixada Fluminenses ainda não têm um teto para abrigá-las e o sangue de
policiais e inimigos da lei continua empoçado no asfalto precário das vielas da
periferia da maior cidade da América do Sul. Às vésperas do carnaval,
intempéries naturais, brutalidades pessoais e deficiências institucionais
reduzem a expectativa de vida de seres humanos e animais numa tragédia que se
repete e se amplia indefinidamente.
Nunca
se saberá quantas das mais de 230 vidas ceifadas pelo fogo na boate Kiss seriam
poupadas se seus proprietários houvessem obedecido às normas de segurança de
edificações às quais acorrem multidões para ouvir, cantar, dançar e se
divertir. Quem permitiu que aquele bando de jovens em busca da felicidade
efêmera de uma balada arriscasse a vida em meio a fiações e equipamentos
eletrônicos capazes de gerar faíscas que se transformariam em labaredas no
material inflamável é um assassino serial em potencial e como tal deveria ser
tratado depois de contados os cadáveres carbonizados e os prejuízos materiais.
Quantos dos jovens imolados deixariam de ser incinerados se não tivessem sido
barrados por agentes de segurança empenhados apenas em garantir o pagamento das
comandas de consumo, em vez de permitirem a fuga de uma multidão empurrada para
fora do lugar pelas chamas? Neste crime se acumpliciam donos e empregados,
brutos adoradores do bezerro de ouro, que levam mais em conta a dívida do que a
perda da vida.
Nesta
Pátria da impunidade, madrasta malvada, quem acredita que alguém será punido?
Quem já o foi? Os rústicos proprietários dos barcos apinhados de passageiros
que naufragam no caudal da Bacia Amazônica ou nos fios de água do Velho Chico?
Quem pagou pela plateia queimada no circo de Niterói, a maior tragédia de nossa
história? Quem respondeu pelo afundamento do Bateau Mouche na Baía da Guanabara
ou pelos prédios que desabam em reformas mal feitas no centro do Rio? Uma
Justiça leniente acaba o serviço macabro que começa na cobiça, sua colega em
matéria de cegueira crônica.
No
meio do caminho entre o fogo dos sinalizadores e a falta de uso do martelo do
juiz figura a incapacidade do Estado brasileiro ─ municípios, Estados e União ─
de produzir leis adequadas para proteger o cidadão que trabalha, mora ou se
diverte e, sobretudo, de fazer com que as existentes, muito numerosas e pouco
eficazes, sejam cumpridas. Os decibéis dos equipamentos eletrônicos da balada
da Kiss não perturbaram o sono dos fiscais de Santa Maria, cujo gestor
municipal fez vista grossa à desobediência das próprias posturas pelo
estabelecimento comercial do qual nunca se omitiu de cobrar impostos.
Municípios e o Estado do Rio não gastam um centavo do que recebem da União para
prevenir enchentes em seu território, mas voltam a prometer a cada verão
trágico novas providências, que nunca serão tomadas nem deles cobradas nas eleições.
A
presidente Dilma Rousseff foi a Santa Maria e chorou com pena das famílias que
o Estado abandona ao desamparo. Assim como o imperador dom Pedro II jurou que
venderia o último diamante da Coroa para não deixar um cearense morrer de fome.
Fê-lo mais de cem anos antes de os sertanejos continuarem perdendo tudo, até a
própria vida, por causa da sede implacável. As imagens das ruínas da obra
inacabada da transposição do Rio São Francisco sem que uma gota de água fosse
levada à caatinga mais próxima são a denúncia mais deslavada da hipocrisia
generalizada de gestores públicos que, desde o Império até hoje, garimpam votos
valiosos na miséria que os donos do poder semeiam em suas posses e colhem na
máquina pública que, eleitos pelos súditos, passam a pilotar. Os maganões da
República mantêm-se no poder enganando os sobreviventes da seca do semiárido,
das enxurradas da Serra Fluminense e deste incêndio em pagos gaúchos.
O
Estado brasileiro ─ as elites dirigentes que se apropriam do dinheiro público
no poder em municípios, Estados e na União ─ é cúmplice da cobiça assassina dos
empresários sem lei. Só nos resta rezar por suas vítimas e amaldiçoar os
algozes da cobiça cega e do Estado surdo. Já que terminarão impunes, que lhes
seja reservado o fogo eterno do inferno.
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boate Kiss, capitalismo de vale-tudo, cobiça cega, Incêndio, José Nêumanne,
Santa Maria
Vou ali e volto amanha se deus permitir, ate La