COLUNA
PRA INICIO DE CONVERSA 13 DE NOVEMBRO DE 2014.
01-.
Plantão Policial o cobra cascavel:
A quebrada parece tranquila sem alterações
da ordem nas ultimas 24 horas, pelo menos não ouvi falar nada de anormal na
área policial. Ou lugarzinho tranquilo
02-.
Polemica: Trava-se uma polemica por conta dos horários de Trabalho das Gari que
Barrem as Ruas da Cidade.
O
Assunto esta gerando polemica porque este Horário é inconveniente para as
Mulheres por conta da quentura, a Poeira que sufoca ate as Casas dos Moradores e que
as 6 horas de Trabalho devia ser prestada em horário corrido pela manha como vinha
sendo feito a vários anos.
Bom,
o trabalho de Gari me parece que é insalubre e neste horário não é só insalubre
é castigo dos brabos.
Olha
pessoal da Administração Publica fica difícil ei. Faça uma reflexão sobre o
assunto. Fica a dica
03-.
No tempo da ditadura, por Marcelo Rubens Paiva - TER, 11/03/2014 - 15:44 Sugerido
por Claudio.SJ
Do
Estadão No tempo da ditadura - Marcelo Rubens Paiva
“Como
é que a gente faz hoje quando entra num táxi e o motorista diz que tempos bons
eram os da ditadura?”, me perguntou o amigo Nirlando Beirão.
Diz
que:
No
tempo da ditadura, a gente não podia escrever sobre o tempo da ditadura, nem
qualificar o regime como uma ditadura. No tempo da ditadura, ao invés de uma
análise crítica sobre a ditadura, digo regime, neste espaço teria um poema de
Camões ou uma receita de bolo, pois seria censurada.
Todo
mundo que era contra a ditadura era comunista. Todos se tornaram suspeitos,
subversivos em potencial. E muitos que, em 1964, conspiraram com os militares,
na missão de impedir que comunistas tomassem o poder, e o Brasil se
transformasse numa diabólica ditadura do proletário, perceberam a manobra e
foram depois acusados de ligações com comunistas.
No
primeiro ato da ditadura, o AI-1 (Ato Institucional Número 1), baixado pela
Junta Militar em 9 de abril de 1964, cassaram os opositores dos comunistas, os
trabalhistas: João Goulart, Leonel Brizola, Darcy Ribeiro, parte da bancada do
PTB, partido fundado por Getúlio Vargas, como Almino Afonso e meu pai, Jânio
Quadros, Miguel Arraes, o deputado católico Plínio de Arruda Sampaio, o
economista Celso Furtado, o jornalista Samuel Weiner, até o presidente da
Petrobras, marechal Osvino Alves. Nenhum deles era comunista.
Entre
outros cassados, estavam membros da corporação que mais perseguições sofreu
durante a ditadura: os próprios militares, como o general-de-brigada Assis
Brasil, o chefe do Gabinete Militar, Luís Tavares da Cunha Melo, e os
almirantes Cândido de Aragão e Araújo Suzano. Milhares de oficiais foram
expulsos das Forças Armadas durante a ditadura.
Bem
antes ditadura, o PCB (Partido Comunista do Brasil) já era ilegal, e seus
líderes, eles, sim, comunistas, viviam na clandestinidade. A intenção do Golpe
de 64 era impedir o avanço comunista no Brasil e restaurar a democracia em dois
anos. Não demorou muito, o ex-presidente Juscelino Kubitschek, candidato à
reeleição, foi cassado acusado de corrupção e colaborar com comunistas.
No
primeiro teste eleitoral, em 1965, não foram eleitos os candidatos dos
militares em Minas Gerais e Guanabara. Baixaram o AI-2 (Ato Institucional
Número Dois). Partidos políticos foram extintos. Poder Judiciário sofreu
intervenção. Foram reabertos processos de cassação. Carlos Lacerda, então
aliado, dormiu conspirador e acordou subversivo.
O
novo partido da situação, Arena, não engrenava. Iria ser derrotado nos Estados
mais populosos. A paciência dos militares se esgotou: o AI-3 foi baixado em 1966,
determinando que eleição de governadores seria indireta, executada por colégios
eleitorais, e prefeitos das capitais, estâncias e cidades de segurança nacional
seriam nomeados.
O
AI-4, de 1966, revogou definitivamente a Constituição de 1946 e proclamou
outra. O AI-5, de 1968, suspendeu as garantias constitucionais da Constituição
que tinham acabado de promulgar. Despachos da presidência de República passaram
a valer mais que leis. Congresso, Assembleias Legislativas e Câmeras dos
Vereadores foram fechados por um ano. O Presidente podia decretar intervenção
de Estados e Municípios. Estavam proibidas atividades e manifestação de
natureza política e suspenso o direito de habeas corpus.
Finalmente,
parte da sociedade civil que apoiou o Golpe percebeu que militares não sabiam
negociar nem ser contrariados. Não têm intimidades com jogo político. Na
essência, não praticam a democracia: obedecem sem questionar um comando, uma
hierarquia imposta de cima para baixo.
Foram
acusados de comunistas os subversivos dom Elder Câmara, dom Pedro Casaldáliga e
dom Paulo Evaristo Arns, que se encontrara em 1964 em Três Rios com tropas do
general Olimpio Mourão Filho, deflagrador do Golpe, para oferecer assistência
religiosa.
Nos
tempos da ditadura, não se discutiam os grandes investimentos. Militares
construíram uma usina nuclear com tecnologia obsoleta, numa região de difícil
evacuação, e duas estradas paralelas ao Rio Amazonas, a Transamazônica e a
Perimetral Norte, que foram tomadas pela floresta anos depois, devastando
nações indígenas. Estatizaram companhias telefônicas e de energia. Colaboraram
para o desmantelamento da malha ferroviária brasileira.
Editores
de livros, como Ênio da Silveira, foram presos. Jornalistas, como toda a
redação do Pasquim, entre eles, Paulo Francis, foram presos. Até um escritor no
início simpático ao Golpe, como Rubem Fonseca, foi censurado. Caetano Veloso e
Gilberto Gil foram presos e expulsos do Brasil. Raul Seixas foi convidado a se
retirar, depois de ironizar o regime com “sou a mosca que pousou na sua sopa”.
Chico Buarque se exilou. Teatros foram depredados, atores espancados. Parte da
classe teatral, como Zé Celso e Boal, foi embora. Glauber Rocha também se
mandou.
O
contrabando e o jogo do bicho se associaram a agentes da repressão e se
fortaleceram. O crime organizado nasceu. A promiscuidade entre polícia e
bandido, tema do filme Lúcio Flávio (Babenco), se consolidou na ditadura, que
promoveu e anistiou depois torturadores. O Comando Vermelho surgiu num presídio
da ditadura.
Ao
terminar em março de 1985, a ditadura deixou uma inflação que virou hiper (a
acumulada de 1984 foi de 223,90%), uma moeda desvalorizada (um dólar valia
4.160 cruzeiros), uma dívida externa que nos levou à moratória (FMI suspendeu
em fevereiro de 1985 o crédito ao Brasil, que não cumpria as metas depois de
sete tentativas). Outra herança: desmantelamento do ensino público.
O
Brasil é governado há 20 anos por três subversivos acusados de comunistas pela
ditadura: FHC, ex-professor da USP cassado e exilado, Lula, sindicalista
cassado e preso, e Dilma, terrorista acusada de liderar uma organização
clandestina que praticava a luta armada. Líderes do antigo PCB fundaram o PPS.
Todos estão na legalidade e participam da vida democrática, como o PCB e seu
racha, o PCdoB, parte da base aliada.
O
Brasil talvez tenha sido vítima de uma das maiores farsas da História: nunca
correu o risco de virar comunista.
No
mais é tudo como sempre, vou ali e volto amanha se deus permitir, ate La