Teve
início nesta segunda-feira (23) a Oficina de Formação de Multiplicadores(as) no
Combate ao Trabalho Escravo. O evento, que está sendo realizado no Lord Hotel,
em Teresina, é promovido em parceria pela Confederação Nacional dos
Trabalhadores na Agricultura (CONTAG), o Escritório da Organização
Internacional do Trabalho (OIT) no Brasil, em conjunto com a Federação dos
Trabalhadores na Agricultura do Estado do Piauí (FETAG-PI), e sindicatos
locais, e se estende até a próxima quinta-feira (26).
O
primeiro dia do encontro contou com a participação de representantes de
diversas instituições, entre eles: a Superintendente Regional do Trabalho e
Emprego no Piauí - Delegada Paula Mazullo; Procurador do Trabalho da 22ª Região
– do Ministério Público do Trabalho, Edno Carvalho Moura; Oficial de Projeto do
Programa de Combate ao Trabalho Forçado – OIT, Antonio Carlos de Mello, entre
outras autoridades.
O
Assessor da Secretaria de Assalariados Rurais da CONTAG, Carlos Eduardo Silva,
fez a abertura da oficina. Em seguida, foi passada a palavra para o Secretário
de Assalariados Rurais da FETAG-PI, Manoel Simão Gomes, que falou sobre a
importância do encontro.
Segundo
ele, o objetivo é articular trabalhadores e trabalhadoras rurais, dirigentes e
não dirigentes, líderes sindicais, o poder público e a sociedade em geral para
uma aprendizagem coletiva em temáticas relativas na promoção do trabalho
decente, do emprego digno e o combate ao trabalho escravo, tendo por finalidade
a consolidação de uma rede capaz de intervir na realidade local e garantir o
respeito às leis e a concretização do princípio da dignidade da pessoa humana.
“Em
2014, segundo dados do Ministério Público do Trabalho (MPT), nos estados do
Piauí e Ceará foram alcançados 190 trabalhadores e, identificados 155 em
condições análogas às de escravo, somente na atividade de extração do pó da
folha de carnáuba. Sendo 61 trabalhadores em Picos e 52 em Parnaíba,
totalizando nessas duas regiões 113 trabalhadores, naquele setor”, explicou.
A
Vice Presidente da FETAG-PI, Lucilene Ferreira, ressaltou que o Piauí
encontra-se entre os cinco Estado que mais escravizou em 2014. Segundo ela,
essa discussão é fundamental para combater essa prática no Estado. “É preciso
uma ação mais integrada do poder público e da sociedade civil, esse trabalho é
feito muito bem pelas entidades que compõe o Fórum Estadual de Combate ao
Trabalho Escravo do qual a FETAG-PI é uma das entidades fundadoras”, ressaltou
Lucilene.