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terça-feira, fevereiro 24, 2015

O COBRA NO AR: PAGINA DA CONTAG: 24/02/2015Começa Oficina de Formação de Multiplicadores no combate ao trabalho escravo

Teve início nesta segunda-feira (23) a Oficina de Formação de Multiplicadores(as) no Combate ao Trabalho Escravo. O evento, que está sendo realizado no Lord Hotel, em Teresina, é promovido em parceria pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (CONTAG), o Escritório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) no Brasil, em conjunto com a Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Piauí (FETAG-PI), e sindicatos locais, e se estende até a próxima quinta-feira (26).

O primeiro dia do encontro contou com a participação de representantes de diversas instituições, entre eles: a Superintendente Regional do Trabalho e Emprego no Piauí - Delegada Paula Mazullo; Procurador do Trabalho da 22ª Região – do Ministério Público do Trabalho, Edno Carvalho Moura; Oficial de Projeto do Programa de Combate ao Trabalho Forçado – OIT, Antonio Carlos de Mello, entre outras autoridades.

O Assessor da Secretaria de Assalariados Rurais da CONTAG, Carlos Eduardo Silva, fez a abertura da oficina. Em seguida, foi passada a palavra para o Secretário de Assalariados Rurais da FETAG-PI, Manoel Simão Gomes, que falou sobre a importância do encontro.

Segundo ele, o objetivo é articular trabalhadores e trabalhadoras rurais, dirigentes e não dirigentes, líderes sindicais, o poder público e a sociedade em geral para uma aprendizagem coletiva em temáticas relativas na promoção do trabalho decente, do emprego digno e o combate ao trabalho escravo, tendo por finalidade a consolidação de uma rede capaz de intervir na realidade local e garantir o respeito às leis e a concretização do princípio da dignidade da pessoa humana.


“Em 2014, segundo dados do Ministério Público do Trabalho (MPT), nos estados do Piauí e Ceará foram alcançados 190 trabalhadores e, identificados 155 em condições análogas às de escravo, somente na atividade de extração do pó da folha de carnáuba. Sendo 61 trabalhadores em Picos e 52 em Parnaíba, totalizando nessas duas regiões 113 trabalhadores, naquele  setor”, explicou.


A Vice Presidente da FETAG-PI, Lucilene Ferreira, ressaltou que o Piauí encontra-se entre os cinco Estado que mais escravizou em 2014. Segundo ela, essa discussão é fundamental para combater essa prática no Estado. “É preciso uma ação mais integrada do poder público e da sociedade civil, esse trabalho é feito muito bem pelas entidades que compõe o Fórum Estadual de Combate ao Trabalho Escravo do qual a FETAG-PI é uma das entidades fundadoras”, ressaltou Lucilene.

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