Vem, fica,
molhe.
Esse chão
quente, escaldante, delirante,
Com o
líquido sagrado!
Vem, não ameace.
E passe
sem deixar as marcas.
Precisamos
tanto de uma gota, de chuvisco,
Ou seja,
da chuva.
Para a
acabar com as mágoas!
Líquido
precioso, valioso,
Que só
sabe,
Quando
falta!
Decerto,
riqueza, pureza, que nos acalma.
Sem a
falta!
H20,
tesouro, que virou moeda de troca,
Da
mais-valia à revelia,
Do mundo
da máquina!
Que nos
caos do mundo emergente,
Perdemos a
mente,
Diante da
água!
Manoel
Guilherme de Freitas. Veredas poéticas, 2015
AMIZADE
Guardo,
preservo,
Considero
quem merece o ato,
De amor,
de fidelidade,
Já que não
se compra,
Conquista-se,
guarda-se,
Do lado
direito do coração,
Como
relíquia, triunfo,
Com a
pessoa abençoada.
Não é
assim, cobrança,
Interesse,
influência,
Mas
respeito, consideração,
Da
companhia, do afago,
Que se
expressa com palavras,
Bem como
nos atos,
Que vem do
íntimo, do coração,
Porventura
expressado na hora exata.
Esse
alguém é peculiar, difícil,
Pois num
mundo disfarçado,
Muita
gente aproxima,
Fingindo
ser seu amigo,
No geral,
traz só desgraças.
Essa
amizade vem de longe,
das ações,
da troca mútua,
que jamais
será destruída
por inveja
ou nada!
Manoel
Guilherme de Freitas