Natal,
Rio Grande do Norte, 28 de Fevereiro de 2015
Arrombar
caixa eletrônico no interior é tão fácil quanto roubar pirulito de criança
Thyago
Macedo 09/02/2015 às 11h39
O
cidadão comum vai a qualquer banco pagar uma conta ou sacar dinheiro e é
obrigado a enfrentar filas. Além disso, os sistemas funcionam em horário
limitado impedindo algumas transações à noite ou finais de semana. Mas, para a
bandidagem, arrombar caixa eletrônico em cidades do interior é tão fácil quanto
roubar pirulito de criança.
Isso
ocorre por dois motivos. Primeiro, não há policiamento de vergonha em 90% das
cidades do interior. São três, quatro ou cinco PMs, no máximo, para cuidar da
segurança dos moradores, dos bens públicos e privados também e ainda manter a
ordem. Segundo, a maioria dos caixas eletrônicos é instalada em locais que não
atendem medidas mínimas de segurança.
Alguns,
funcionam dentro de estabelecimentos comerciais. Outros em prédios simples, sem
reforço em sua estrutura física. Até terminal bancário com porta de rolo se
encontra no interior. Os próprios bancos vacilam na segurança e, claro, sofrem
prejuízo semanalmente.
Mas,
o prejuízo maior quem sofre é a população. Além do risco de ter sua cidade
invadida por bandidos fortemente armados durante a madrugada, uma agência que é
explodida tem levado meses para ser reestruturada e voltar a atender as
pessoas.
Em
algumas cidades que tiveram seus bancos destruídos por explosivos, os moradores
precisam se deslocar todos os meses para municípios vizinhos, para poderem sacar
salários, aposentadorias ou simplesmente pagar algumas contas.
O
arrombamento de caixas eletrônicos é, talvez, a modalidade de crime mais fácil
para os bandidos, atualmente. Se não é a mais fácil, pelo menos é a mais
tranquila. Os assaltantes têm garantia total de que não serão “perturbados”
durante suas ações no interior.