14/03/2015 08h52 - Atualizado em 14/03/2015 12h15
Padrasto mantém enteado refém há mais de 30 horas em Natal
Cárcere privado começou por volta das 0h30 de sexta-feira
(13).
PM negocia com padrasto; homem exige a presença da esposa.
Fernanda Zauli
Do G1 RN
Na manhã deste sábado (14) negociações continuavam no local
(Foto: Bessie Cavalcanti/Inter TV Cabugi)
O cárcere privado de um menino de 14 anos que é mantido
refém pelo padrasto dentro de um apartamento na Zona Sul de Natal já dura mais
de 30 horas. A Polícia Militar permanece no local em negociação com o homem que
é um agente penitenciário aposentado de 52 anos.
De acordo com a Polícia Militar, tudo começou com uma briga
familiar na noite de quinta-feira (11). O homem começou uma discussão com a
esposa - de quem está se separando -, e quando começou a ficar agressivo a
mulher fugiu com a filha de 21 anos. Ainda segundo informações da PM, a mulher
tentou levar o filho, mas o padrasto do menino impediu. Desde então, o menino é
mantido refé A PM não sabe a motivação para o cárcere privado, mas informou que
o homem pede a presença da esposa e da enteada no local. O aposentado está
armado e, de acordo com a PM, na madrugada de sexta-feira foram disparados seis
tiros no apartamento.
A PM não sabe a motivação para o cárcere privado, mas
informou que o homem pede a presença da esposa e da enteada no local. O
aposentado está armado e, de acordo com a PM, na madrugada de sexta-feira foram
disparados seis tiros no apartamento.
O condomínio onde fica o apartamento tem seis blocos. Todos
os apartamentos do bloco onde está o padrasto e enteado foram desocupados. Os
moradores de outros blocos têm acesso aos apartamentos, mas sempre que precisam
sair contam com o apoio de um policial militar que os acompanham até a saída do
condomínio.
Durante toda a sexta-feira policiais militares mantiveram a
negociação com o aposentado. Ele pediu comida e cigarros. Já durante a
madrugada deste sábado (14), o homem pediu insulina - porque é diabético - e
uma equipe médica que está de plantão no local providenciou o medicamento. Na
manhã deste sábado ele voltou a pedir insulina e solicitou também um café da
manhã.
Em relação à alimentação, os policiais relataram que o
aposentado afirmou que se a comida viesse envenenada quem morreria era o garoto
porque ele só come quarenta minutos depois de o enteado ter se alimentado.
De acordo com o major Rodrigues Barreto, que coordena as
negociações, a polícia sinalizou que iria cortar a energia e a água do
apartamento, mas o aposentado se alterou e a PM recuou. A polícia diz que o
padrasto apresenta mudanças de comportamento e já chegou a bater no menino. O
objetivo da polícia é manter as negociações até que o padrasto se entregue e
liberte o garoto.
Policiais ouviram seis tiros no apartamento durante a
madrugada de sexta-feira (Foto: Marksuel Figueredo/Inter TV Cabugi)