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quinta-feira, maio 28, 2015

Funcionalismo público do RN sinaliza greve geral

Primeiro ato de paralisações está marcado para a próxima sexta-feira (29). Saúde, Segurança e Educação reforçam manifestação


Por Dinarte Assunção
Os servidores do Rio Grande do Norte se preparam para iniciar uma série de paralisações a partir do segundo semestre deste ano. O movimento não poupará nenhum dos setores considerados essenciais para a população. Saúde, Educação e Segurança, para citar os principais, já iniciaram suas mobilizações.
Nesta quarta-feira (27), Sinpol mobilizou-se cobrando reajustes para o Itep. (Foto: assessoria)
Nesta quarta-feira (27), SINPOL cobra implantação do estatuto (Foto: Divulgação)
Além deles, outros órgãos da administração como fundações e autarquias deverão aderir à luta por melhores salários. A estimativa de paralisação partiu dos próprios líderes sindicais. O governo, por ora, afirma que não terá como conceder reajuste em face das dificuldades financeiras.
O primeiro ato de paralisações está marcado para a próxima sexta-feira (29), no Dia Nacional de Lutas. Na mesma data, estimou à reportagem do portalnoar.com a assessoria de imprensa do Sindicato dos Servidores da Saúde do RN (Sindsaúde), os trabalhadores da categorias deverão votar e aprovar greve, que se iniciar já a partir de segunda-feira (1º).
A base do Sindsaúde congrega aproximadamente 15 mil servidores. O último tipo de reajuste foi dado à categoria em abril do ano passado. No entanto, explicou o sindicato, a defasagem de períodos anteriores não foi considerada. Também há pleitos sobre o tratamento isonômico para servidores do estado, mas que são lotados em municípios.
Até aqui, ainda conforme o sindicato, a demanda atendida foi a de abastecimento de unidades hospitalares. “Mas infelizmente o reajuste salarial o governo descarta”, lamentou Simone Dutra, coordenadora do Sindsaúde. Na segurança pública, bandeira de campanha do governador Robinson Faria, os funcionários do Instituto Técnico de Polícia Científica (Itep) realizaram ato nesta quarta-feira (27) em frente à Governadoria. Eles cobram o envio à Assembleia Legislativa de um projeto que cria a lei orgânica do instituto, discriminando carreira, planos e salários.
A categoria tinha um projeto pronto para os 537 servidores, mas o governo pretende substituir por um menos abrangente, contemplando apenas os 36 peritos do Itep, conforme a assessoria de imprensa do Sindicato dos Policiais Civis do RN (SINPOL)
“O que os servidores do Itep querem é que o governador Robinson Faria cumpra com sua palavra. Quando ainda era candidato, ele pessoalmente procurou essa categoria e disse que se fosse governador por um dia enviaria o Estatuto que já estava pronto desde o final de 2013. Logo após ser eleito, ele mais uma vez afirmou isso. Agora, depois de cinco meses no Governo, a conversa não é mais a mesma. Além de não ter enviado o estatuto que já estava pronto, a Secretaria de Segurança e direção do ITEP construíram uma nova minuta para o projeto”, explicou Paulo César de Macedo, presidente do Sinpol.
Outras categorias
Conforme antecipou na semana passada o portalnoar.com, o Sindicato dos Trabalhadores da Educação do RN (Sinte) também não estão satisfeitos com a condução da implantação de sua data-base. O primeiro sinal de como as coisas estão na área, em que pese serem categorias diferentes, é a greve proclamada pelos servidores e professores da UERN.
Para além disso, servidores do Detran, Idema, Emater, Idiarn, Jucern, Ipern, DER, Datanorte, Emparn, Ceasa, Fundação José Augusto, Fundac e das secretarias de Agricultura, Recursos Hidricos, Infraestrutura, Planejamento, Assistência Social, Justiça e Cidadania, Assuntos Fundiários, Desenvolvimento Econômico, Turismo e Gabinete Civil aguardam os comandos do Sindicato da Administração Indireta (Sinai) para cruzarem os braços.
“Está tudo na mais perfeita desordem. Tivemos uma primeira reunião com o governo no dia 11 do mês atual. O governo simplesmente botou uma bancada de oito secretários junto para dizer que não tinha possibilidade de reajuste neste ano. A data-base é a prioridade para nós”, afirmou Santino Arruda, presidente do Sinai, que tem quase 10 mil servidores. Ele diz que, se nos próximos dias não houver sinalização de que haverá reajuste, os servidores serão instados a deliberar sobre greves.

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