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quarta-feira, junho 03, 2015

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De 67 foragidos, apenas 18 foram recapturados após fugas em Alcaçuz

Antes, o Pavilhão 2 tinha 250 apenados antes das duas fugas que aconteceram há dois meses



Por Lara Paiva

(Foto: Wellington Rocha)
Presídio é considerado o maior do Rio Grande do Norte (Foto: Wellington Rocha)

Dos 67 presos que fugiram no mês de abril na Penitenciária Estadual de Alcaçuz, foram recapturados apenas 18 detentos a partir de ações da Polícia Militar e Federal. A informação confirmada pela diretoria da penitenciária. No dia 6 de abril, 32 apenados fugiram do Pavilhão 2. Atualmente, a unidade conta com cerca de 1000 apenados nos pavilhões.
A fuga foi facilitada devido as celas danificadas, resultado da rebelião realizada no mês de março. Antes das duas fugas aconteceram, o Pavilhão 2 tinha 250 apenados.
Após duas semanas, no dia 22 de abril, mais 35 presidiários escaparam no mesmo pavilhão. Os fugitivos utilizaram um túnel que foi escavado bem próximo ao utilizado na primeira fuga.
“A Polícia Federal conseguiu na segunda-feira prender mais outro fugitivo de Alcaçuz. Com essas ações, nós conseguimos recuperar 18 presos em dois meses. A gente está esperando a ação da equipe de segurança pública para recapturar estes presos”, afirmou Eider Brito, atual diretor de Alcaçuz.
Além disso, Eider Brito comentou sobre as primeiras ações em dois meses no comando do maior presídio do estado, como a realização de revistas diárias nos quatro pavilhões da unidade prisional e o uso da Força Nacional e Batalhão de Choque da Polícia Militar na ajuda dos agentes prisionais. Com isso, novas fugas foram evitadas no maior presídio no Rio Grande do Norte.
Essas revistas ajudaram a encontrar diversos túneis na unidade prisional. Na semana passada foram encontrados dois no Pavilhão 4.

Projeto de túnel foi encontrado no Pavilhão 4 (Foto: Cedida)
Projeto de túnel foi encontrado no Pavilhão 4 (Foto: Cedida)

Na noite desta terça-feira (2) foram encontrados vestígios do início da construção de um novo túnel no pavilhão 4 da Penitenciária Estadual de Alcaçuz, no município de Nísia Floresta. O buraco de 50 centímetros de profundidade foi encontrado na quadra do prédio após uma revista.
“Eles estavam começando a fazer o buraco para formar mais outro túnel. Nós descobrimos após uma revista com os presos antes deles entrarem nas celas, que fazemos todos os dias. É um trabalho rotineiro”, afirmou o diretor.
Se o buraco tivesse se transformado em túnel, seria o terceiro encontrado em menos de um mês na maior penitenciária do Rio Grande do Norte. “Inicialmente, o buraco era para esconder as sujeiras (sic) deles, como celulares, armas e drogas. Não sabemos se futuramente seria utilizado para um túnel maior. Provavelmente não, pois a quadra fica bastante distante do muro de Alcaçuz”, disse.
As fugas de abril fizeram com que a Secretaria do Estado da Justiça e Cidadania (Sejuc), através da Coordenadoria de Administração Penitenciária (Coape), ocasionou mudanças na direção de Alcaçuz. A então diretora Dinorá Simas foi transferida para a direção da Penitenciária Raimundo Nonato, em Natal.
O diretor da unidade prisional da zona Norte da capital potiguar, Eider Brito, por sua vez, começou a comandar Alcaçuz. Em entrevista ao portalnoar.com, no dia 23 de abril, o titular da Coape, Durval Oliveira, afirmou que a troca dos diretores faz parte da política do Governo do Estado de realizar uma rotatividade na direção dos presídios do Rio Grande do Norte.

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