Movido por assessores, vice Luiz Carlos entregará interinidade sem deixar marcas
Sem conseguir acabar com a greve dos servidores, nem imprimir uma agenda positiva, o vice-prefeito Luiz Carlos Mendonça entrega hoje sua interinidade sem ter o que comemorar.
A presença dos vereadores de oposição, Tomás Neto e Genivan Vale, em praticamente todas as mesas de negociação comandadas pelo interino, também representam uma imagem do que foram esses dez dias de seu governo, na ausência do titular Francisco José Júnior.
O lançamento de uma suposta pré-candidatura, divulgada pelo jornal Gazeta do Oeste, e a intervenção dos assessores nas decisões de governo, completam a série de atropelos cometidos pelo vice-prefeito nestes dias.
Nas reuniões realizadas no Salão dos Grandes Atos, do Palácio da Resistência, o comando ficou por conta de Valmir Alves, que atua como assessor direto, e Íbero Hipólito que aparece como articulador das decisões tomadas pelo vice-prefeito.
Os dois são os responsáveis pela corrente que comanda Luiz Carlos dentro do PT, uma das seis ou oito alas que dividem o partido em Mossoró. Partiu de Íbero, inclusive, a nota contra a gestão de Francisco José Júnior que causou grande mal-estar na aliança há algumas semanas.
Coube ao presidente do partido, Nelson Gregório, desmentir a crise e desautorizar Íbero e qualquer outro a falar em nome do partido de forma individual.
O lançamento extemporâneo da pré-candidatura de Luiz Carlos é outra marca negativa de sua interinidade. Assim como a nota do assessor, a declaração parece não ter sido combinada com os outros companheiros, o que deve lhe causar novo constrangimento.
Servidores municipais em greve que esperavam mais articulação do vice-prefeito, fecham a semana decepcionados, mesmo sentimento dos taxistas de Mossoró depois que ele suspendeu decisão da Secretaria de Mobilidade Urbana de limitar a circulação dos taxistas intermunicipais na cidade.
A decisão coloca em risco o novo sistema de mobilidade urbana da cidade.
Formadores de opinião de Mossoró classificam a segunda passagem de Luiz Carlos pela Prefeitura como pífia, sob todas as óticas. Para os aliados, sobretudo os da Câmara Municipal, o vice foi mais útil para a oposição do que para a sua própria gestão.
Mossoró Hoje