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quarta-feira, setembro 30, 2015

Dilma informa a Chioro por telefone que ele deixará Ministério da Saúde

G1
Pasta deverá passar ao controle da bancada do PMDB na Câmara.

O ministro da Saúde, Arthur Chioro, recebeu nesta terça-feira (29) um telefonema da presidente Dilma Rousseff no qual foi informado de que ela necessitará da pasta na reforma ministerial.

O ministério passará a ser controlado pela bancada do PMDB na Câmara. Os cotados para a vaga são os deputados Marcelo Castro (PMDB-PI) e Manoel Dias (PMDB-PB), ambos médicos.

Arthur Chioro, que é do PT, ainda deverá ser chamado pela presidente para uma conversa particular. Segundo relataram dois ministros, Dilma pretende agradecer pela contribuição de Chioro e dizer que a decisão foi motivada por uma necessidade política e não pelo desempenho dele à frente da pasta. Por enquanto, Arthur Chioro permanece no cargo.

A Saúde é a pasta com maior orçamento na Esplanada dos Ministérios (R$ 91,5 milhões para 2015, após o corte orçamentário). Em seguida, estão os ministérios da Educação (R$ 39,38 milhões) e do Desenvolvimento Social (R$ 31,62 milhões).

Além da Saúde, a bancada da Câmara do PMDB deverá ficar com outro ministério, possivelmente o dos Portos. Embora pretenda reduzir para pelo menos 29 o total de pastas (atualmente 39), o espaço do PMDB deverá aumentar dos atuais seis para sete ministérios. Outras pastas contemplarão a bancada do partido no Senado e o grupo do vice-presidente Michel Temer, presidente nacional do PMDB.

O objetivo da reforma ministerial é assegurar apoio às matérias de interesse do governo nas votações no Congresso Nacional.

A presidente Dilma Rousseff voltou a negociar a reforma ministerial nesta terça, depois de retornar de Nova York, onde participou da Assembleia Geral das Nações Unidas. A reforma ministerial deve ser anunciada até a próxima quinta-feira (1).

Inicialmente, Dilma pretendia dar seis ministérios ao PMDB, mas, para evitar uma crise com o aliado, concordou em ampliar o espaço da legenda para sete pastas.

Segundo o G1 apurou, nos últimos dias o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB), aconselharam a petista a não se fixar na promessa de cortar dez ministérios na reforma administrativa.


Lula e Pezão recomendaram que seria mais prudente cortar nove ministérios, em vez de dez, e não correr o risco de comprar uma nova briga com PMDB.


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