Dilma informa a Chioro por telefone que ele deixará
Ministério da Saúde
G1
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O ministro da Saúde, Arthur Chioro, recebeu nesta
terça-feira (29) um telefonema da presidente Dilma Rousseff no qual foi
informado de que ela necessitará da pasta na reforma ministerial.
O ministério passará a ser controlado pela bancada do PMDB
na Câmara. Os cotados para a vaga são os deputados Marcelo Castro (PMDB-PI) e
Manoel Dias (PMDB-PB), ambos médicos.
Arthur Chioro, que é do PT, ainda deverá ser chamado pela
presidente para uma conversa particular. Segundo relataram dois ministros,
Dilma pretende agradecer pela contribuição de Chioro e dizer que a decisão foi
motivada por uma necessidade política e não pelo desempenho dele à frente da
pasta. Por enquanto, Arthur Chioro permanece no cargo.
A Saúde é a pasta com maior orçamento na Esplanada dos
Ministérios (R$ 91,5 milhões para 2015, após o corte orçamentário). Em seguida,
estão os ministérios da Educação (R$ 39,38 milhões) e do Desenvolvimento Social
(R$ 31,62 milhões).
Além da Saúde, a bancada da Câmara do PMDB deverá ficar com
outro ministério, possivelmente o dos Portos. Embora pretenda reduzir para pelo
menos 29 o total de pastas (atualmente 39), o espaço do PMDB deverá aumentar
dos atuais seis para sete ministérios. Outras pastas contemplarão a bancada do
partido no Senado e o grupo do vice-presidente Michel Temer, presidente
nacional do PMDB.
O objetivo da reforma ministerial é assegurar apoio às matérias
de interesse do governo nas votações no Congresso Nacional.
A presidente Dilma Rousseff voltou a negociar a reforma
ministerial nesta terça, depois de retornar de Nova York, onde participou da
Assembleia Geral das Nações Unidas. A reforma ministerial deve ser anunciada
até a próxima quinta-feira (1).
Inicialmente, Dilma pretendia dar seis ministérios ao PMDB,
mas, para evitar uma crise com o aliado, concordou em ampliar o espaço da
legenda para sete pastas.
Segundo o G1 apurou, nos últimos dias o ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva e o governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão
(PMDB), aconselharam a petista a não se fixar na promessa de cortar dez
ministérios na reforma administrativa.
Lula e Pezão recomendaram que seria mais prudente cortar
nove ministérios, em vez de dez, e não correr o risco de comprar uma nova briga
com PMDB.