Em Nova York, Dilma volta a dizer
que Brasil está aberto para refugiados
Mariana Branco - Repórter da
Agência Brasil
A presidenta Dilma Rousseff
reafirmou hoje (26), em Nova York, a disposição do Brasil de receber
refugiados. “O Brasil é um país de refugiados, meu pai foi refugiado. Estamos
abertos para todos que queiram trabalhar e viver com dignidade. Sem políticas
xenófobas, restritivas”, disse ela a jornalistas, após participar de reunião do
G4, grupo de países que apoiam mutuamente as respectivas propostas para um
assento permanente no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas
(ONU).
Em mensagem divulgada nas redes
sociais e sites oficiais da Presidência da República no dia 7 de setembro, da
Independência do Brasil, Dilma já havia dito que o país está "de braços
abertos" para receber refugiados. Em Nova Iorque, Dilma afirmou também que
um Conselho de Segurança mais eficaz e mais efetivo é necessário para evitar as
guerras.
O Ministério das Relações
Exteriores divulgou nota com a posição oficial do G4, após o encontro da
presidenta com os chefes de Estado dos outros três países que integram o grupo.
Segundo o comunicado, a chanceler da Alemanha, Angela Merkel e os
primeiros-ministros da Índia e Japão, Narendra Modi e Shinzo Abe, acreditam que
um Conselho de Segurança mais representativo, legítimo e eficaz "é mais
necessário do que nunca" para lidar com conflitos e crises. Para os quatro
chefes de Estado, o Conselho de Segurança da ONU precisa refletir "a
realidade da comunidade internacional do século XXI".
Ainda de acordo com a nota, os
líderes do G4 avaliam que não houve progresso substantivo na reforma do
Conselho desde a Cúpula Mundial de 2005, quando chefes de Estado apoiaram, por
unanimidade, uma reforma urgente no Conselho de Segurança. "O processo em
curso na ONU para promover a reforma do Conselho de Segurança deveria ser
conduzido, dada a sua urgência, em um cronograma determinado", diz o comunicado.
Segundo o texto, os líderes
elogiaram o esforço durante a 69ª Assembleia Geral das Nações Unidas, no ano
passado, para "mover o processo em direção a negociações baseadas em
texto". Eles também se comprometeram a apoiar e cooperar com as negociações
na 70ª Assembleia Geral, na segunda-feira (28).
Dilma embarcou para Nova York na quinta-feira (24). Ela viajou para
participar da Cúpula das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável e da
70ª Assembleia Geral da ONU.