Todos os países da ONU adotam a
Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável
Ana Cristina Campos - Repórter da
Agência Brasil
Secretário-geral das Nações
Unidas, Ban Ki-moon fala durante uma reunião plenária da Cúpula das Nações
Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, em Nova York (Agência Lusa/Direitos
Reservados)
Os 193 Estados-Membros da
Organização das Nações Unidas (ONU) adotaram formalmente ontem (25) a Agenda
2030 para o Desenvolvimento Sustentável composta pelos Objetivos de
Desenvolvimento Sustentável (ODS). Os ODS substituem os Objetivos de
Desenvolvimento do Milênio (ODMs), vigentes até o fim deste ano.
“A nova agenda é uma promessa dos
líderes para a sociedade mundial. É uma agenda para acabar com a pobreza em
todas as suas formas, uma agenda para o planeta”, disse o secretário-geral da
ONU, Ban Ki-moon, no discurso de abertura da Cúpula das Nações Unidas sobre
Desenvolvimento Sustentável, que será encerrada domingo (27).
O discurso do secretário da ONU
precedeu a adoção formal do documento Transformando Nosso Mundo, composto por
17 objetivos e 169 metas para países desenvolvidos e em desenvolvimento.
Os 17 Objetivos do
Desenvolvimento Sustentável (ODS) que serão durante a Cúpula da ONU
Os ODS são uma continuidade dos
Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, agenda acordada em 2000 pelos
países-membros da ONU para combater a pobreza. O processo de construção dos ODS
começou com a Conferência Rio+20 e teve participação de 193 países. Entre as
propostas estão erradicar a fome e a pobreza, promover a agricultura
sustentável, saúde, educação e igualdade de gênero, além de garantir a todos o
acesso à água, ao saneamento e à energia sustentável, o crescimento econômico,
emprego, a industrialização, cidades sustentáveis e a redução da desigualdade.
A negociação da nova agenda é
considerada inovadora no âmbito da ONU, porque, diferentemente dos ODM, os ODS
foram elaborados com participação direta dos estados-membros e da sociedade civil
e nasceram a partir de amplas consultas no mundo.
Ban disse que, para alcançar os
novos objetivos globais, será necessário compromisso político de alto nível.
“Esta agenda reflete a urgência
de uma ação pelo clima. Está baseada na igualdade de gênero e no respeito ao
direito de todos. Devemos engajar todos os atores, como fizemos na construção
da agenda. Devemos engajar parlamentares e governos locais, empresários e a
sociedade civil, ouvir cientistas e a academia”.
Edição: Armando Cardoso