Bancários encerram greve em São Paulo e em mais seis
capitais
Bancários de várias capitais do país decidiram hoje (26)
encerrar uma greve que já durava 21 dias. Em assembleia realizada na tarde
desta segunda-feira, a categoria decidiu aceitar a proposta da Federação
Nacional de Bancos (Fenaban) de reajuste de 10% nos salários [com aumento real
de 0,11%] e de 14% nos vales-refeição e alimentação (3,75% de ganho real).
Em São Paulo, os
bancários da capital, Osasco e 15 municípios da região voltam ao trabalho
amanhã (27). A assembleia foi realizada na tarde de hoje (26) e os
trabalhadores decidiram aceitar a proposta da Federação Nacional de Bancos
(Fenaban).
De acordo com a presidente do Sindicato dos Bancários de São
Paulo, Osasco e região e uma das coordenadoras do Comando Nacional dos
Bancários, Juvandia Moreira, com esse índice "em 12 anos vamos acumular
20,83% de ganho real nos salários e 42,3% nos pisos". Para ela, esta
paralisação “foi uma das mais fortes dos últimos anos e a conquista foi
consequência da nossa luta e mobilização”.
Além do aumento salarial, os bancários conseguiram também
abonar 53 horas dos dias parados para quem tem jornada de seis horas e 81 horas
para quem trabalha oito horas e aumento de 14% [com 3,75% de aumento real] nos
vales refeição e alimentação.
A greve também foi encerrada em 78 cidades de vários
estados, entre elas, Rio de Janeiro,
Porto Alegre, Campo Grande, Belo Horizonte, Curitiba, Florianópolis.
Outros sindicatos devem decidir ainda hoje (26) se
permanecem ou não em greve. A oferta patronal foi apresentada na sexta-feira
(23), em rodada de negociações em São Paulo. No caso da correção dos
vencimentos, houve uma pequena elevação sobre a última proposta, definida em
8,75%, mas que foi rejeitada pelos trabalhadores.
Segundo a
Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), os
banqueiros aceitaram abonar 63% das horas dos trabalhadores de 6 horas, de um
total de 84 horas, e 72% para os trabalhadores de 8 horas, de um total de 112
horas.