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sábado, outubro 24, 2015

Dilma assiste à festa de abertura dos Jogos Mundiais Indígenas em Palmas



Palmas (TO) - A presidenta Dilma Rousseff participa da cerimo nia de abertura dos Jogos Mundiais dos Povos Indi genas 2015 (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
 A presidenta Dilma Rousseff assiste à cerimônia de abertura dos Jogos Mundiais dos Povos Indigenas e saúda os participantes Marcelo Camargo/Agência Brasil


























Com a presença da presidenta Dilma Rousseff, que não discursou, uma vibrante cerimônia abriu oficialmente os primeiros Jogos Mundiais dos Povos Indígenas (JMPI) na noite de hoje (23), em Palmas (TO). O público presente na Arena Verde testemunhou um espetáculo de cantos, danças e luzes durante cerca de três horas, nas quais uma efervescência cultural prendeu a atenção de todos e arrancou muitas palmas. A festa terminou com todas as etnias se misturando em várias danças simultâneas, com muitas cores e alegria.

As apresentações artísticas começaram com um contagiante número de forró. Um grupo de dançarinos animou o público ao som do Xote das Meninas, de Luiz Gonzaga, tocada por dezenas de sanfoneiros. O clima de festa estava devidamente instalado na Arena. Às 20h10, o Fogo Sagrado, aceso no dia anterior chegou à Arena Verde.

Dois indígenas, um homem e uma mulher, deram uma volta olímpica com a tocha nas mãos. Tochas se acenderam ao redor de toda a arena e as delegações indígenas brasileiras começaram a entrar, uma a uma. Cantando em suas línguas, cada etnia mostrou como o Brasil é rico em culturas e tradições.

Todas as 24 etnias ocuparam a areia em Palmas, sob aplausos do público. Mesmo em um momento extremamente tradicional, um fato não passou despercebido. Muitos indígenas que já haviam entrado filmavam com smartphones a entrada de seus “parentes”, como chamam os índios de outras etnias.

Palmas(TO) - Cerimônia de abertura dos Jogos Mundiais dos Povos Indígenas ( Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Palmas (TO) - Cerimônia de abertura dos Jogos Mundiais dos Povos Indígenas Marcelo Camargo/Agência Brasil

























Em seguida, foi a vez das delegações internacionais entrarem, acompanhadas de palmas do público e dos maracás dos índios brasileiros, emoldurando as areias da Arena Verde. Outro belo momento foi a execução do hino nacional em duas partes, sendo que a primeira foi cantada em língua indígena. O acompanhamento ficou a cargo do violonista Robson Miguel e dos maracás tocados por um grupo de indígenas brasileiros.

Ainda houve tempo para uma demonstração da corrida de tora, que empolgou os presentes. Indígenas kanelas e gaviões correram com toras de até 100 quilos no ombro. Ao final, todos se uniram dançando, cantando e celebrando o momento.

Na tribuna de honra, estavam presidenta da República, Dilma Rousseff, o governador do estado, Marcelo Miranda, e outras autoridades. Após quase uma hora de atraso para o começo da cerimônia, o articulador do evento, Marcos Terena, falou com o público presente, agradecendo a presença de todos e da chuva, que caiu forte na noite anterior, amenizando o forte calor que durou a semana toda.

Então, Terena chamou a presidenta da República, Dilma Rousseff, para ficar a seu lado. Nesse momento, uma mistura de aplausos e vaias foi ouvida nas arquibancadas, seguida de uma resposta de Terena: “Eu sei que o que vocês fazem é de coração”.
Em seguida, o líder dos indígenas canadenses presentes aos jogos, Willy Littlechild, leu uma mensagem do secretário-geral da Organização das Nações Unidas, Ban Ki-Moon, para os jogos.

“Esses jogos mostram como o esporte pode unir os povos e promover a paz. Nessa oportunidade, eu chamo os governos e a sociedade para o desenvolvimento das agendas dos povos indígenas”, disse Littlechild.

Um atraso na chegada das etnias que fariam a apresentação provocou um momento de improviso na cerimônia. A madrinha dos jogos, a cantora Margareth Menezes, cantou a capela a música Um Índio, de Caetano Veloso.

JP BORRACHAS E PARAFUSOS

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