PF faz operações contra tráfico
de drogas e comércio ilegal de pedras preciosas
Na Bahia, a PF conta com a apoio
da Companhia Independente de Policiamento Especializado e da Secretaria de
Segurança Pública do estado. A ação cumpre 22 mandados de prisão preventiva e
27 de busca e apreensão, com o objetivo de apreender drogas, armas, dinheiro,
veículos e imóveis, frutos do comércio ilícito feito pela organização
criminosa.
Até o começo desta manhã, a
operação já havia prendido dez integrantes do grupo. “Estimamos, por baixo, que
só nos últimos dois anos a quadrilha movimentou cerca de R$ 20 milhões. A droga
vinha de estados como São Paulo e outros locais de fronteira, como Foz do
Iguaçu, e era comercializada em várias cidades baianas, afirmou o delegado que
comanda a ação, Mário Lima.
Já a operação Soldner conta com o
apoio de cerca de 200 policiais federais, de várias partes do Brasil, para o
cumprimento de cerca de 58 medidas judiciais, sendo dez mandados de prisão
temporária, 19 de busca e apreensão e 29 conduções coercitivas nos estados de
Goiás, Minas Gerais, no Distrito Federal, em São Paulo, no Pará, em Pernambuco
e no Tocantins.
A PF estima que a movimentação do
grupo durante a investigação foi R$ 500 milhões. Os investigadores descobriram
que a organização é formada por duas células - uma trabalha na comercialização
ilegal de pedras preciosas e composta, em sua maioria, por empresários do ramo
e pequenos comerciantes de joias. O minério e as pedras preciosas seguiam uma
rota que passava por Portugal, pela Bélgica e por Israel, tendo como destino
Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.
A outra célula é integrada por
autônomos e pequenos empresários que comercializariam, mediante fraude, títulos
da dívida pública e moeda estrangeira, em transações financeiras envolvendo
bancos venezuelanos. Os investigadores suspeitam que a movimentação com moedas
e títulos estaria vinculada aos processos de lavagem de dinheiro do grupo.
Edição: Graça Adjuto