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quinta-feira, dezembro 17, 2015

Bebê com menos de um ano completa três meses com coração artificial

Daniel Mello - Repórter da Agência Brasil
O bebê Gustavo e a mãe Luane no Incor
O bebê Gustavo e a mãe Luane no IncorSergio Cruz (sergio.cruz@incor.usp.br)

Duas paradas cardíacas e três meses ligado a um coração artificial é parte da história de Gustavo Henrique de Oliveira, que deve completar 1 ano no próximo dia 25, à espera um transplante. “Eu tiro as minhas forças dele. Porque vejo a força que ele tem para lutar, para viver. Eu entro aqui, ele dá um sorriso para mim, já me dá força para a semana inteira”, diz a mãe, Luane Aparecida Barrios, que largou o emprego de recepcionista para acompanhar o filho no tratamento dos problemas cardíacos.

Gustavo tem uma dilatação no coração. As causas da doença não puderam ser determinadas. Porém, as complicações fazem com que o órgão não tenha capacidade de suprir as necessidades do corpo. Para que o bebê pudesse resistir tempo suficiente para encontrar um doador de coração compatível, foi ligado a um ventrículo artificial, aparelho que ajuda o órgão doente a fazer o bombeamento do sangue.


Foi a primeira vez que uma criança tão nova passou pelo procedimento no Instituto do Coração (Incor) do Hospital das Clínicas da Universidade São Paulo. O paciente mais jovem submetido ao procedimento até então tinha 15 anos. “Ele é o primeiro bebê, com menos de um ano, em que a gente conseguiu colocar esse coração artificial”, disse a cardiopediatra Estela Azeka em entrevista à Agência Brasil.

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