Governo do RN decreta estado de emergência para combate ao aedes aegypti
Foto: Reprodução/Twitter - Governo do RN
O governador do RN, Robinson Faria, vai decretar estado de emergência para o combate ao mosquito aedes aegypti, causador da dengue e zica vírus, reponsável pela microcefalia, que está atingindo recém-nascidos em todo o país. O RN é o terceiro estado do país em casos da doença, com 79 notificações.
A microcefalia vem se tornando assunto rotineiro devido ao surto da doença em Pernambuco. O Ministério da Saúde já decretou estado de emergência para investigar a doença. No momento, campanhas de prevenção vêm sendo realizadas para o combate ao mosquito.
A informação foi anunciada nesta quarta (02) pelo governador Robinson Faria, em reunião com autoridades em Natal. Robinson propôs ainda a criação de um Fundo Nacional, "Este fundo reuniria recursos para ações de combate e, para isso, já foi solicitada uma audiência com a presidenta Dilma Rousseff", informou a assessoria de imprensa via Twitter.
O governador também irá solicitar o apoio do Exército para as ações de combate ao Aedes aegypti. O Aedes aegypti é transmissor de doenças como a Dengue, Zika Vírus, Chikungunya, Síndrome de Guillain-Barré e Febre Amarela.
Entre as medidas anunciadas pelo governador estão: a solicitação de uma audiência com a presidenta Dilma, para discutir especificamente essa situação juntamente com outros governadores do Nordeste, na qual vai defender a criação de um Fundo Nacional, a divulgação de uma campanha publicitária educativa, bem como a busca pelo apoio dos mais de 4 mil soldados do Exército do Estado para se unirem aos agentes de saúde contra os focos do mosquito, que causa doenças como dengue, zika e febre chikungunya.
O secretário estadual de saúde pública, Lagreca lembrou em seu discurso que o combate à desnutrição de crianças foi feito com uma medida simples, o soro caseiro. “O combate ao famoso mosquito da dengue também pode ser feito com medidas simples. E é isso que precisamos levar à população. Mobilizar as pessoas para que não permitam que o mosquito nasça”. A recomendação para adiar o projeto de uma gestação também foi lembrada pela maior parte dos integrantes da mesa.
De acordo com a coordenadora de Promoção à Saúde da Sesap, Cláudia Frederico, que conclamou os prefeitos a manterem a Sesap informada das notificações da doença em suas cidades, lembrou também que a comunidade científica está debruçada sobre esses casos de microcefalia no Brasil, porque ainda pairam muitas dúvidas.
O que se sabe é que as mães relatam que durante suas gravidezes apresentaram sintomas do zika vírus como cansaço, dores no corpo e coceiras na pele. Uma forma antes considerada “branda” da dengue e que, no entanto, está afetando gravemente, sobretudo os bebês.
Além de aproximadamente 50 prefeitos, estiveram presentes na reunião técnicos de saúde, o secretário Ricardo Lagrecca; a secretária da Mulher, Tereza Freire; o presidente da Femurn, o prefeito de Mossoró, Francisco José Silveira Júnior, que fez um apelo aos prefeitos e à toda a população: "Estamos vivendo um momento crítico, devemos alertar as pessoas, principalmente as mulheres, que adiem o projeto da gestação, enquanto essa endemia não for controlada ou tivermos mais informações sobre isso", disse ele.
Mossoró Hoje