Mercado prevê inflação de 6,86% e juros de 15,25% para 2016
Sabrina Craide - Repórter da Agência Brasil
A projeção de instituições financeiras para a inflação
medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2016 passou
de 6,87% para 6,86%, segundo Boletim Focus divulgado hoje (28) pelo Banco
Central – BC.
A publicação semanal, feita a partir de consultas a
instituições financeiras, também prevê que a taxa básica de juros (Selic) deve
chegar ao fim de 2016 em 15,25%.
Para 2015, a projeção para a inflação passou de 10,70% para
10,72%. Esta foi a 15ª semana seguida de alta na previsão de inflação para este
ano. Os cálculos de inflação estão acima do limite superior da meta, que é
6,5%. O centro da meta é 4,5%.
De acordo com a pesquisa do BC, a projeção para a inflação
medida pelo Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) passou de
10,82% para 10,80% este ano, e de 6,11% para 6,14% para 2016.
Para o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), a
estimativa foi mantida em 10,72%, em 2015, e em 6,48% no próximo ano.
A estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor da
Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe) mudou de 10,85% para
10,84% este ano e se manteve em 5,81% para 2016.
A projeção para a alta dos preços administrados foi mantida
em 18%, este ano, e em 7,50%, em 2016.
A projeção para a queda do Produto Interno Bruto (PIB), soma
de todos os bens e serviços produzidos pelo país, se manteve em 3,70% este ano
e, para 2016, a estimativa de queda foi alterada de 2,80% para 2,81%.
A taxa básica de juros, a Selic, é o principal instrumento
usado pelo BC para controlar alta dos preços.
Ela é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de
Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas de
juros da economia.
Ao reajustá-la para cima, o BC contém o excesso de demanda
que pressiona os preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e
estimulam a poupança.
O Comitê de Política Monetária (Copom), responsável por
definir a Selic, elevou a taxa por sete vezes consecutivas. Nas reuniões do
comitê em setembro, outubro e novembro, o Copom optou por manter a Selic em
14,25% ao ano.