Mortalidade infantil no país chega ao menor patamar: 14,4
por mil nascidos vivos
A mortalidade infantil no Amapá em 2014 foi quase duas vezes
e meia maior que no Espírito Santo, estado com a menor proporção de crianças
mortas antes de um ano a cada mil nascimentos.
Os números foram divulgados hoje (1º) pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que publicou a Tábua Completa de
Mortalidade no Brasil. No país, a média é 14,4 crianças mortas antes de
completar um ano para cada mil que nascem, mas, no Amapá, a proporção chega a
23,7. No Espírito Santo, o número fica em 9,6.
Além do Amapá, o Maranhão (23,5), Alagoas (22,4), Rondônia
(20,8), o Piauí (20,4) e o Amazonas (19,4) têm taxas de mortalidade infantil
duas vezes maiores que a do estado da Região Sudeste que apresenta os melhores
índices do país.
Segundo o IBGE, os indicadores dos melhores estados
brasileiros ainda estão distantes de países desenvolvidos como o Japão e a
Finlândia, onde a taxa é dois mortos para cada mil nascidos vivos. Outros
países em desenvolvimento, como a China e a Rússia, também ficam à frente da
média brasileira, com 10,6 e 7,8 por mil, respectivamente
A Índia e a África do Sul têm taxas bem maiores, inclusive
que os estados mais pobres do Brasil, com 37,6 e 35,9 por mil, respectivamente.
Regiões mais pobres do mundo, como a África Ocidental e Central, chegam a ter
países em que a taxa atinge 90 mortes antes de um ano para cada mil
nascimentos.
A série histórica do IBGE mostra que a mortalidade infantil
caiu mais de 90% ao longo do século 20 e no começo do século 21 e se encontra
hoje em seu menor patamar. Em 1940, 146,6 crianças morriam antes de um ano para
cada mil nascidas vivas. Em 1970, a taxa desceu para menos de 100, atingindo
97,6 por mil.
Em 1991, a mortalidade infantil chegou a 45,1 por mil e, no
ano 2000, encerrou o século 20 em 29 por mil. Com o fim da primeira década do
século 21, em 2010, a mortalidade infantil no país chegou a 17,2 por mil.
O indicador continuou caindo nos últimos cinco anos: em 2011
foi 16,43 por mil, em 2012 chegou a 15,69 por mil, em 2013, a 15,02, e, em
2014, a 14,4.
Edição: Graça Adjuto