Para salvar Dilma, PT pretende livrar Cunha da cassação. Ah!
Cambada!
Eduardo Cunha, presidente da Câmara dos Deputados, é do
PMDB, partido que por sua vez é da base de Dilma, tendo ninguém menos que o
Vice-Presidente. Por mais que existam hostilidades e suposto ar de oposição, a
circunstância preponderante é de aliança. Isso é fato. O PMDB obteve muitos de
seus votos pelo fato de fazer parte da chapa presidencial; assim como o PT
obtém parte de seus votos no Congresso por conta dessa aliança.
O caldo entornou quando os petistas – já numa sequência de
desastres de articulação que desembocam hoje na fraqueza extrema da gestão
Dilma – resolveram lançar candidato próprio à Presidência da Câmara. Isso
revoltou Cunha que se lançou ao cargo e venceu. O resto é história. Mas parece
que agora estariam todos encontrando os termos da paz.
Afinal, os votos petistas podem complicar a vida de Cunha no
Conselho de Ética – e a decisão do Presidente da Câmara de votar o impeachment
pode complicar a vida da Dilma – e do PT – na Presidência da República. Desse
modo, podemos imaginar a cara da militância trezeconfirma na hipótese de rolar
esse acordo. Os que até ontem diziam "Fora, Cunha" inventarão algum
outro inimigo – que, por sua vez, será "inimigo" até o momento de
fazer eventual aliança com o partidão. Daí em diante, vira amigo do peito. Nossa
torcida, porém, é a de que todo mundo continue inimigo: governo, Cunha,
oposição etc. Porque a "paz", nesse caso, significa que acordos pouco
louváveis seriam feitos. Então, que siga a "guerra". Fora que, pelo
andar da carruagem, um acordo assim não pararia em pé. Por mais que muita gente
esteja interessada nisso, está cada vez mais difícil controlar a opinião
pública.
Fonte:Blog do Implicante