Rio Grade do Norte é constatado 154 casos suspeitos de
microcefalia e 10 óbitos, diz boletim do Ministério da Saúde
O Rio Grande do Norte aparece com 154 casos suspeitos de
microcefalia e 10 óbitos em novo boletim do Ministério da Saúde. O levantamento dá conta de que o estado
potiguar tem 42 municípios com casos suspeitos da doença que resulta na má formação
do cerébro. O balanço aponta ainda que em 2014 o RN registrou um caso de
microcefalia; nenhum em 2013; quatro em 2012; dois em 2011; e dois em 2010.
Nesta terça-feira (22), o Ministério da Saúde atualizou os
dados de microcefalia relacionados à infecção pelo vírus Zika. De acordo com o
novo Boletim Epidemiológico, foram notificados 2.782 casos suspeitos da doença
e 40 óbitos, até 19 de dezembro. Esses casos estão distribuídos em 618
municípios de 20 Unidades da Federação.
A investigação dos casos de microcefalia relacionados ao
vírus Zika é feito em conjunto com gestores de Saúde de estados e municípios.
Equipes técnicas de investigação de campo do ministério da Saúde estão
trabalhando nos estados de Pernambuco, Rio Grande do Norte, Paraíba, Sergipe e
Ceará. Atualmente, a circulação do Zika é confirmada por meio de teste PCR, com
a tecnologia de biologia molecular. A partir da confirmação em uma determinada
localidade, os outros diagnósticos são feitos clinicamente, por avaliação
médica dos sintomas.
O Ministério da Saúde capacitou mais 11 laboratórios
públicos para realizar o diagnóstico de Zika. Contando com as cinco unidades
referência no Brasil para este tipo de exame, já são 16 centros com o
conhecimento para fazer o teste. Nos dois próximos meses, a tecnologia será
transferida para mais 11 laboratórios, somando 27 unidades preparadas para
analisar 400 amostras por mês de casos suspeitos de Zika em todo o país.
MOBILIZAÇÃO NACIONAL – Para a execução das ações do Plano
Nacional de Enfrentamento à Microcefalia, foi instalada a Sala Nacional de
Coordenação e Controle para o Enfrentamento à microcefalia. O objetivo é
intensificar as ações de mobilização e combate ao mosquito Aedes aegypti.
Também serão instaladas salas estaduais, que contarão com a presença de
representantes do Ministério da Saúde, Secretarias de Saúde, Educação,
Segurança Pública, Assistência Social, Defesa Civil e Forças Armadas.
Atualmente, estão implantadas salas em 18 unidades da
federação: Acre, Amazonas, Goiás, Mato Grosso, Paraíba, Pernambuco, Paraná,
Santa Catarina, Tocantins, Rio Grande do Sul, Distrito Federal, Alagoas, Bahia,
Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Sergipe e Ceará. Outros
quatro estados estão em fase de implantação da sala: Pará, Rio Grande do Norte,
Minas Gerais e São Paulo. Os demais serão orientados pelo Ministério da Saúde
para a implantação das salas.
LARVICIDAS – O Ministério da Saúde enviou, este mês,
larvicida aos estados do Nordeste e Sudeste, o suficiente para tratar um volume
de água equivalente a 3.560 piscinas olímpicas. São mais 17,9 toneladas do
produto utilizado para eliminar as larvas do mosquito Aedes aegypti. O
quantitativo é suficiente para proteger 8,9 bilhões de litros de água e
corresponde à demanda apresentada pelas próprias Secretarias Estaduais de
Saúde, levando em consideração a situação epidemiológica local e o histórico de
consumo.
Em 2015, no total foram enviadas 114,4 toneladas de
larvicida para todo o país, quantidade suficiente para o tratamento de 57,2
bilhões de litros de água. Para o
próximo ano, o Ministério da Saúde já adquiriu mais 100 toneladas do produto,
que deverá garantir o abastecimento até junho de 2016, um investimento na ordem
de R$ 10 milhões.