Conta de luz fica mais barata a partir desta segunda-feira
Após chuvas de verão, valor da bandeira vermelha passou de
R$ 4,50 para R$ 3
Chuvas do início do ano aumentam o nível dos reservatórios e
possibilitam o desligamento de termelétricas, que produzem eletricidade mais
cara - Divulgação
RIO - Mais de um ano após o início da cobrança extra nas
contas de luz, o consumidor respira aliviado: entra em vigor nesta
segunda-feira o novo valor da bandeira vermelha, conforme informou a Angência
Nacional de Energia Elétrica (Aneel) na sexta-feira. Agora, para cada 100 kWh
consumidos, serão pagos R$ 3, em vez dos antigos R$ 4,50, cobrados desde agosto
de 2015.
A bandeira, porém, continua vermelha.
O novo patamar foi estipulado pela Aneel na terça-feira,
como resposta às chuvas do início do ano, que aumentaram o nível dos
reservatórios das hidrelétricas do Sul e Sudeste, e possibilitaram o
desligamento de termelétricas — que têm um custo de geração de energia mais
alto. Movidas a combustíveis como óleo e gás natual, essas usinas geram energia
mais cara e foram ligadas para complementar as hidrelétricas em momentos de
seca. Em uso desde o ano passado, são elas as responsáveis pela implantação da
bandeira vernelha.
A cada mês, as condições de operação do sistema são
reavaliadas pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), que define a
melhor estratégia de geração de energia para atendimento da demanda.
CONSUMO NAS CASAS CAI PELA PRIMEIRA VEZ
O consumo médio de energia elétrica nas residências do
Brasil caiu 3% em 2015 ante o ano anterior, na primeira retração desde 2001 e
2002, quando o país enfrentou racionamento, afirmou a Empresa de Pesquisa
Energética (EPE) em boletim nesta segunda-feira.
Já o consumo de eletricidade total do país somou 464,7 mil
gigawatts-hora em 2015, com redução de 2,1% ante 2014, apontou a EPE. O
desempenho foi puxado principalmente por uma retração de 5,3 por cento no
consumo industrial, "em função do cenário econômico desfavorável ao longo
do ano", disse o órgão do Ministério de Minas e Energia.
O Globo