Família oferece R$ 4 mil em troca de informações sobre
assassino da monitora Suênia
Familiares da monitora de qualidade Suênia de Souza Silva,
de 25 anos, que foi assassinada no dia 7 de janeiro deste ano no bairro de
Mangabeira enquanto saía do trabalho, estão oferecendo uma recompensa para quem
dê informações que levem ao autor do crime.
A iniciativa foi da família do ex-esposo de Suênia, Neymar
Barros, que inicialmente foi considerado um dos principais suspeitos do
homicídio. Segundo ele, a ação tem o objetivo de colaborar com o trabalho da
polícia, incentivando a realização de denúncias por meio do Disque 197.
“Nosso intuito é somar junto à polícia. O delegado está
pedindo denúncias no 197 há tempos e até agora ninguém denunciou. A gente
resolveu fazer isso para ver se as pessoas ficam mais incentivadas a falar.
Sabemos que ajudando poderemos ser ajudados”, comentou o ex-esposo da vítima.
Ele comentou as acusações iniciais de que ele poderia ser um
dos responsáveis pelo assassinato. “O delegado me investigou e viu que eu não
tenho nada a ver. De fato, queremos que seja feita a justiça, mas também
tiraria das minhas costas o peso dessa suspeita. Quero, no futuro, conversar
com a minha filha e mostrar que a pessoa responsável pelo que ocorreu com a mãe
dela está presa”, acrescentou.
Ele ainda pediu colaboração da população e também da Polícia
Civil que, até o momento, não declarou se apoia ou não a iniciativa nem disse
se pedirá o contato dos denunciantes, única forma de fazer com que a recompensa
seja paga. O pai de Suênia, Sueliton Oliveira, também espera que, além do apoio
da polícia, essa recompensa possa de fato levar à solução do caso. “É muito
duro saber que uma cidadã como a minha filha, batalhadora, mãe de família, que
deixou uma filhinha de seis anos órfã foi morta e esse crime continua impune.
Sabemos que não trará nossa filha de volta, mas dará uma sensação de alívio
saber que os culpados vão sofrer punição”, desabafou.
Ele comentou que as suspeitas existentes sobre o ex-esposo
de Suênia ainda persistem pelo fato de o crime não chegar a uma solução. Ele
comentou que as suspeitas são reforçadas pelos desentendimentos que a família
sabia existirem entre os dois devido, principalmente, ao apartamento em que
Suênia morava, que teria sido comprado enquanto os dois estavam juntos, mas no
qual Suênia ficou sozinha após a separação. No entanto, a polícia descartou
Neymar como suspeito. “Ele é inocente, até que se prove o contrário. Vamos
esperar as denúncias”.
Jornal da Paraíba