Ministério da Saúde confirma 944 casos de recém-nascidos com
microcefalia
Boletim divulgado hoje (29) pelo Ministério da Saúde informa
que 944 bebês nasceram com microcefalia e outras alterações do sistema nervoso,
sugestivas de infecção congênita. Foram registrados 4.291 casos em
investigação.
Os números se referem a registros feitos entre outubro de
2015, quando o ministério começou a investigar a relação entre o vírus Zika e a
microcefalia, e 26 de março desse ano.
Do total de 944 confirmados, apenas 130 tiveram exame
laboratorial positivo para o Zika. Mas a área técnica do Ministério da Saúde
tem defendido que 130 é número menor do
que o total de casos relacionados ao vírus. Isso ocorre porque o exame de
laboratório para confirmar a ação do Zika não foi feito em todos os bebês.
Do total de 6.776 casos registrados de bebês com suspeita de
terem a malformação, 1.541 foram descartados por apresentarem exames normais,
ou apresentarem microcefalias e/ou alterações no sistema nervoso central por
causas não infeciosas.
A maioria foi registrada na região Nordeste, (5.315 casos),
o que corresponde a 78%, sendo o Pernambuco o estado com o maior número de
casos que estão sendo investigados (1.207).
A microcefalia pode ter como causa diversos agentes
infecciosos, além do Zika, como sífilis, toxoplasmose, rubéola, citomegalovírus
e herpes viral.
Nesta semana, os estados do Acre, Amapá, de Santa Catarina e
do Rio Grande do Sul informaram a circulação autóctone do Zika. Dessa forma,
todas as 27 unidades da Federação confirmam a circulação interna do vírus.