Sem-terra percorrem cinco cidades de Alagoas, em defesa da
reforma agrária
Da Agência Brasil
Cerca de 1.500 trabalhadores rurais sem terra seguem em
direção a Maceió, numa marcha em defesa da reforma agrária. Os sete movimentos
que participam do ato saíram nessa segunda-feira (25) da cidade de União dos Palmares,
berço da resistência negra do Quilombo dos Palmares, e devem chegar à capital
na quinta (28). Durante a caminhada estão sendo realizadas atividades políticas
e culturais com a comunidade, atos em defesa da democracia e debates sobre a
reforma agrária.
Os movimentos percorrem cerca de cinco cidades. Os
trabalhadores param em cada uma delas para promover atividades e pernoitar. A
marcha ocorre simultaneamente em mais quatro estados.
Segundo a assessoria de comunicação do Movimento dos
Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), a caminhada é em defesa do povo do campo.
“Queremos mostrar que a reforma agrária é importante para o desenvolvimento
econômico e social. Estamos ainda denunciando a violência no campo. Em 2016, já
foram 11 assassinatos no campo, no Brasil. Temos que defender nossos direitos e
o direito à democracia, lutar contra o golpe”, disse Gustavo Marinho, porta-voz
do MST.
A previsão é de que, ao chegar a Maceió, o número de
trabalhadores rurais triplique, reunindo quase 5 mil pessoas para debater e
defender a reforma agrária. O ponto final da caminhada será a Universidade
Federal de Alagoas, onde haverá uma série de atos e o lançamento do Comitê
Estadual da Campanha Permanente Contra o Uso dos Agrotóxicos e Pela Vida.