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quinta-feira, junho 16, 2016

Henrique Eduardo Alves é o terceiro ministro de Temer a pedir demissão

Brasília - O ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves, é alvo da Operação Catilinárias. A PF cumpre mandados no Distrito Federal e em sete estados (José Cruz/Agência Brasil)
Brasília - O ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves, é alvo da Operação Catilinárias. A PF cumpre mandados no Distrito Federal e em sete estados (José Cruz/Agência Brasil)

Depois de um mês no cargo, o ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves, pede demissão. Ele foi citado nos depoimentos de Sérgio Machado, dados em acordo de delação premiada à força-tarefa da Lava JatoJosé Cruz/Agência Brasil

Após ser citado na delação premiada do ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, o ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves, pediu hoje (16) demissão do cargo. A informação foi confirmada pela Assessoria de Imprensa da Presidência da República.

O ex-presidente da Câmara Henrique Alves teria recebido, segundo Machado, R$ 1,55 milhão em doações eleitorais com recursos ilícitos.

Ele é o terceiro ministro, após pouco mais de um mês do governo interino de Michel Temer, a cair depois de denúncias relacionadas à Operação Lava Jato. Romero Jucá, que foi ministro do Planejamento, e Fabiano Silveira, da Transparência, Fiscalização e Controle, saíram dos cargos após divulgação de trechos da delação de Machado, em áudio, em que eles criticavam a operação.

Alves enviou uma carta com o pedido de demissão a Temer, mas o teor não foi divulgado. Na noite de ontem (15), o ministro esteve no Palácio do Planalto reunido com o presidente interino.


O sigilo dos depoimentos de Sérgio Machado à força-tarefa da Operação Lava Jato foi retirado pelo ministro do Supremo Tribunal Federall (STF) Teori Zavascki, relator dos inquéritos da operação na Corte. Machado citou o presidente interino Michel Temer e mais de 20 políticos, entre eles o presidente do Senado, Renan Calheiros, os senadores Aécio Neves (PSDB-MG) e Romero Jucá (PMDB-RR), além do ex-deputado Cândido Vaccarezza (PT) e do ex-presidente José Sarney (PDMB-AP). Os políticos negaram as acusações.

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