Anvisa suspende lote de
achocolatado da Itambé em todo o país
Resolução determina a retirada do
achocolatado Itambezinho do mercado.
Mãe denunciou que filho morreu
após ingerir a bebida e polícia investiga.
A Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (Anvisa) publicou no Diário Oficial da União desta segunda-feira (29)
uma resolução determinando o recolhimento de um lote do achocolatado
Itambezinho e proibindo a comercialização do produto pelo período de 90 dias,
em todo o Brasil. A medida foi tomada após a morte de uma criança de dois anos
na quinta-feira (25), em Cuiabá. Segundo a polícia, a mãe relatou que o filho
morreu uma hora depois de ingerir a bebida.
A Itambé disse, em nota, que
análises laboratoriais internas não identificaram qualquer problema na
composição do produto do lote suspenso.
Os produtos que pertencem ao lote
MA: 21:18 devem ser recolhidos dos estabelecimentos comerciais pelas
vigilâncias sanitárias estaduais e municipais, segundo a Anvisa. Após o
recolhimento, a bebida deve passar por análise laboratorial.
saiba mais
Morte de criança de 2 anos após
beber achocolatado é investigada em Cuiabá
A resolução de nº 2.333, assinada
na sexta-feira (26), dia seguinte à morte da criança, especifica que o produto
interditado cautelarmente foi fabricado no dia 25 de maio e tem validade até 21
de novembro de 2016. De acordo com a Anvisa, o lote deve ser recolhido e
armazenado até que um laudo aponte o motivo da morte da criança. Segundo a
Polícia Civil, que investiga o caso, o exame que deve indicar a causa da morte
deve sair em 30 dias.
De acordo com a Anvisa, a Itambé,
com sede em Pará de Minas (MG), fabricante do produto, deve apresentar um mapa
de distribuição do produto para facilitar o recolhimento do lote. Caso não seja
comprovada a contaminação do lote no prazo estipulado pela Anvisa, o produto
pode ser distribuído novamente.
Investigação
A
Polícia Civil abriu inquérito para investigar a morte da criança, a
partir de denúncia registrada pela mãe na Delegacia de Homícidios e Proteção à
Pessoa (DHPP). A investigação, porém
está a cargo da Delegacia Especializada de Defesa da Criança e do Adolescente
(Deddica).
O delegado Eduardo Botelho, da
Deddica, informou ao G1 nesta segunda-feira que os pais do menino foram ouvidos
hoje e, em depoimento, confirmaram a versão declarada no boletim de ocorrência
registrado na semana passada. Conforme o delegado, os pais disseram que a
família ganhou o achocolatado de um vizinho e que a embalagem estava fechada. A
mãe ainda declarou que ela e um tio da criança chegaram a ingerir a bebida e
também passaram mal.
O menino foi encaminhado a
Policlínica do Coxipó, em Cuiabá, com parada cardiorrespiratória e morreu na
unidade.
Outro lado
Por meio de nota, a Itambé
informou que foi notificada na sexta-feira (26) sobre o suposto consumo de um
produto da linha de achocolatados Itambezinho, de 200 ml. "O referido
produto está no mercado há mais de uma década e nunca apresentou qualquer
problema correlato. Até o presente momento, não tivemos nenhuma outra
reclamação do mesmo lote", diz a empresa.
focoelho